«Face às contínuas e gravíssimas alterações de serviços prestados pela Transtejo-Soflusa, com especial incidência desde o passado dia 22 de Dezembro, tomou esta Comissão a iniciativa de apelar à direcção da empresa e a variados órgãos de poder local», refere a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho (CUCS), na sua página no Facebook.
«Dado que as comunicações dirigidas à Transtejo-Soflusa e ao poder local de Montijo e de Alcochete ficaram, até agora, sem resposta e o péssimo serviço prestado continua, reserva-se esta Comissão ao encetar de novas formas de protesto», prossegue.
O cenário de dificuldades levou a uma coordenação com as comissões de utentes do Seixal, Barreiro e Almada, tendo decidido realizar um protesto, hoje, pelas 17h, na estação fluvial do Cais do Sodré.
A acção desta tarde marca «uma nova fase» de protestos, perante uma empresa que, denuncia a CUCS, «continua sem um Plano de Manutenção estabelecido». Daí decorre, que, «cada vez mais frequentes, as avarias numa frota envelhecida e com deficiente Manutenção de Continuidade se traduzam em situações de, por vezes, haver mais navios em reparação do que a navegar», levando a «enormes e gravíssimos» prejuízos para todos os utentes da Margem Sul do Tejo.
Esta segunda-feira, a empresa anunciava no seu site que, devido a problemas técnicos da frota, não é possível garantir a realização de todas as carreiras previstas em períodos de ponta, de manhã e de tarde, entre Lisboa e o Seixal. Segundo os utentes, nos últimos tempos, as ligações Lisboa-Seixal e Lisboa-Montijo têm sido realizadas com apenas um barco.
Em 2022, o número de passageiros da Transtejo-Soflusa cresceu 48% face a 2021, registando-se 15 803 pessoas transportadas.