O brutal aumento das tarifas dos transportes rodoviários resulta da extinção, por parte da Área Metropolitana do Porto (AMP), da carreira normal que ligava Viana do Castelo e o Porto, no final de 2023, e da ausência de uma solução para o preço elevado praticado na rede Expresso.
Com a entrada em 2024, os utentes, que pagavam 78 euros pelo passe, de 2019 até 2023, ano em que passou para 88 euros, vêem-se confrontados com quase 172 euros mensais.
Já no final de 2022, a CDU havia denunciado que a extinção do passe mensal se traduziria no aumento para o dobro dos gastos mensais com as deslocações entre o Porto e Viana do Castelo. Tendo em conta o desespero dos utentes, na reunião de Câmara do passado dia 9, Cláudia Marinho, vereadora da coligação PCP-PEV (CDU) na Câmara de Viana do Castelo, interveio para reclamar mudanças na política de mobilidade da região e uma solução para o problema, salientando que este não teria lugar se tivesse sido aprovada a proposta de um passe inter-regional e intermodal, com o valor de 40 euros, dirigido nomeadamente à ligação entre Viana do Castelo e o Porto.
A extinção da carreira existente e uma alternativa ao dobro do preço praticado em 2023 é, defende a coligação, «mais uma prova» de que tanto a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM) como as câmaras municipais e outras entidades «se desdobram em propaganda e declarações bonitas sobre a descarbonização e a defesa do ambiente», mas «não promovem efectivamente o uso do transporte público, abandonam os utentes e não se preocupam com a mobilidade das populações».
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