Executivo do PS «nada fez para estimular o investimento» em Beja

Num comunicado enviado às redacções, os eleitos da CDU anunciam que, após visita à Rua da Lavoura e outras obras, o projecto de requalificação desta zona, nascido no anterior mandato e pensado no âmbito de uma estratégia mais vasta de promoção da atractividade para investidores e fixação de empresas na zona industrial, «não está a ter continuidade».

A CDU sublinha que a requalificação dos acessos de entrada e saída da cidade e a ligação ao IP8, além de facilitarem a mobilidade e as acessibilidades nesta zona, são «essenciais ao desenvolvimento do concelho e da região». Simultaneamente, lembra que a segunda fase do projecto incluía a construção de uma passagem superior sobre a linha de caminho-de-ferro, que facilitaria o acesso à zona de actividades económicas (ZAE), ao Bairro de São Miguel e à Estrada da Carocha.

«Algumas das obras desta ZAE, lançadas no anterior mandato, integravam uma estratégia que consistia na cedência de terrenos a baixo custo de forma a promover a captação e fixação de empresas», lê-se no documento, frisando que, «ao onerar os investidores com o pagamento das infra-estruturas, o actual Executivo afasta potenciais interessados».

Os eleitos insistem que, aproveitando as mais-valias do empreendimento de Alqueva e agricultura de regadio, «esta ZAE tem as condições ideais» para se converter num centro de empresas transformadoras no ramo das agro-indústrias, salientando o potencial de criação de postos de trabalho e o contributo que daí poderia advir para fixar jovens no concelho.

Os eleitos concluem que a autarquia liderada por Paulo Arsénio (PS) «nada fez para estimular o investimento», nomeadamente das micro, pequenas e médias empresas, «muitas delas naturais da região», tal como «não criou, nestes dois anos, qualquer medida ou política de incentivo».