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|Évora

Abílio Fernandes é Doutor Honoris Causa

A Universidade de Évora atribuiu o título de Doutor Honoris Causa a Abílio Fernandes, que durante 25 anos presidiu à Câmara Municipal desta cidade alentejana, em homenagem «ao homem e à sua obra».

Créditos / Ensino Magazine

A cerimónia decorreu esta manhã no Colégio do Espírito Santo, com o discurso laudatório a cargo de Rui Namorado Rosa, professsor emérito da Universidade de Évora (UÉ). 

Abílio Miguel Joaquim Dias Fernandes, de 83 anos, foi durante 25 anos presidente da Câmara de Évora. Natural de Moçambique, é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa. Esteve na presidência do Município entre 1976 e 2001, sempre eleito em listas lideradas pelo PCP. Em 2005 foi eleito deputado da Assembleia da República. 

Foi em Janeiro do ano passado que a UÉ anunciou que tinha decidido atribuir o grau de Doutor Honoris Causa ao antigo presidente da Câmara, Abílio Fernandes. A cerimónia chegou a estar marcada para Março de 2020, mas as medidas adoptadas a propósito do surto de Covid-19 levaram ao adiamento da sessão.  

«Inundou» a cidade de cultura

Aquando do anúncio da atribuição do grau de Doutor Honoris Causa, a reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, salientou à Lusa que o autarca «teve um contributo inegável, a seguir ao 25 de Abril de 1974, para a afirmação do Poder Local».

Também esta quinta-feira, na abertura da cerimónia, Ana Costa Freitas sublinhou o facto de Abílio Fernandes ter sido o primeiro autarca a desenhar o primeiro Plano Director Municipal (PDM) e ter sentido a necessidade da valorização internacional da cidade de Évora, salientando que esta é uma homenagem da academia «ao homem e à sua obra». 

«Deu mundo à cidade de Évora», afirmou a reitora, acrescentando que a governação de Abílio Fernandes «inundou» a cidade de cultura e tornou-a acessível a todos. Ana Costa Freitas destacou igualmente a participação do autarca na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), reconhecimento que chegou em Novembro de 1986. 

«Teve uma visão de afirmação da cidade, ao mesmo tempo que se preocupava em dar mais bem-estar às pessoas, principalmente aos mais desprotegidos», referiu a reitora aquando do anúncio, salientando que Abílio Fernandes «foi um impulsionador da evolução que a cidade sofreu».

Na sua intervenção, o homenageado destacou algumas das áreas em que o Município criou dinâmicas de desenvolvimento naquele território, como a habitação, onde a par da construção de habitação pública se acabou com duas dezenas de bairros clandestinos, e o estímulo à participação na vida cultural da cidade.

O agora Doutor Honoris Causa foi também uma das vozes que no Alentejo lutaram pela instituição da regionalização através do movimento «Alentejo: Sim à Regionalização, por Portugal». Em declarações ao AbrilAbril, em Fevereiro de 2020, Abílio Fernandes denunciava que o abandono do Interior não é separável do facto de a regionalização ainda não ser uma realidade no nosso país, criticando a falta de vontade política nesse sentido.

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