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|Venezuela

Venezuela denuncia «parcialidade» e «erros de facto» no relatório de Bachelet

O governo de Maduro classificou o relatório que a alta comissária da ONU para os direitos humanos apresentou sobre a Venezuela como «tendencioso», «falho de rigor» e com «graves erros metodológicos».

Danny Subero, tenente reformado da Guarda Nacional Bolivariana, foi linchado em 2017 por elementos extremistas da oposição no estado de Lara; os testemunhos de familiares de vítimas da violência de extrema-direita foram silenciados por Bachelet
Danny Subero, tenente reformado da Guarda Nacional Bolivariana, foi linchado em 2017 por elementos extremistas da oposição no estado de Lara; os testemunhos de familiares de vítimas da violência de extrema-direita foram silenciados por Bachelet Créditos / Alba Ciudad

Na sequência da visita que realizou ao país sul-americano entre 19 e 21 de Junho, a convite do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, apresentou esta quinta-feira um relatório sobre a situação dos direitos humanos, que mereceu 70 observações relativas a «erros de facto» da parte do governo da República Bolivariana da Venezuela.

O executivo bolivariano «pediu ao gabinete da alta comissária das Nações Unidas que adopte as medidas necessárias para corrigir os erros do relatório A/HRC/41/18», através de um documento no qual expõe os «erros de facto», revela o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros no seu portal.

Ao intervir, esta sexta-feira, na 41.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça), o vice-ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, William Castillo, denunciou precisamente o que considera ser a «parcialidade do relatório» apresentado pela alta comissária, Michelle Bachelet.

William Castillo, vice-ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, em Genebra Créditos

«A Venezuela está segura de que você sabe que o informe não reflecte a realidade do que viu […]. Exigimos a correcção do seu conteúdo e instamos a uma actuação ponderada e respeitosa do seu gabinete», referiu Castillo, que destacou que o documento «ignora quase totalmente a informação facultada pelo Estado e só leva em conta a obtida por representantes da oposição e fontes da imprensa», revela a AVN.

Entre as inconsistências apontadas ao relatório, disse que, das 558 entrevistas realizadas, 460 foram feitas fora da Venezuela (82% do material investigado). Castillo criticou ainda Bachelet por «não fazer qualquer menção aos avanços da Venezuela em matéria de direitos humanos e ignorar os graves impactos que o ilegal, criminoso e imoral bloqueio económico está a ter sobre o nosso povo».

Recorde-se que, no âmbito do bloqueio imposto à Venezuela, o país caribenho não pode refinanciar a sua dívida, foram-lhe ilegalmente confiscados 30 mil milhões de dólares em activos da empresa estatal petrolífera PDVSA e tem retidos, de forma ilegal, 5400 milhões de dólares em diversos bancos internacionais.

Castillo lembrou que, como consequência deste bloqueio, o país não consegue comprar medicamentos, alimentos e outro tipo de abastecimentos para o povo venezuelano, pelo que solicitou à alta comissária que, de acordo com as resoluções das Nações Unidas sobre medidas coercitivas unilaterais, exija o fim imediato do bloqueio à Venezuela».

Familares das vítimas das guarimbas foram ouvidos, mas «desapareceram»

«A violência política da oposição provocou a morte de 43 cidadãos em 2014 e de 120 em 2017. A alta comissária ouviu os familiares de pessoas que foram queimadas vivas só por parecerem chavistas ou terem pele escura. Lamentamos que o relatório tenha esquecido esses testemunhos».

Referindo-se ainda ao documento, disse também que a Venezuela rejeita a criminalização das forças de segurança e da Força Armada Nacional Bolivariana, que são acusados «genericamente de incorrer na prática de violações massivas dos direitos humanos».

William Castillo denunciou que o seu país é alvo de uma agressão multidimensional por parte dos EUA, em que se incluem golpes de Estado, atentados contra o presidente constitucional, Nicolás Maduro, sabotagens à indústria petrolífera e aos serviços públicos.

Destacou, além disso, diversos avanços que a Venezuela conheceu, como a entrega 2 600 000 casas, num período de oito anos, a 12 milhões de venezuelanos, ou a entrega de alimentos a seis milhões de famílias através dos Comités Locais de Abastecimento e Produção (CLAP).

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