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Assinatura da Declaração de Roma

Uma declaração que dita o mesmo caminho

Estão reunidos os chefes de Estado e governo dos países da União Europeia (UE), assinalando os 60 anos da assinatura do Tratado de Roma. Assinaram uma declaração sobre o futuro da UE que no essencial dita o prosseguimento das orientações que levaram à situação vivida pelos países membros.

Imagem da Conferência de Roma, onde se assinalam os 60 anos da assinatura do Tratado de Roma
Imagem da Conferência de Roma, onde se assinalam os 60 anos da assinatura do Tratado de RomaCréditos / Agência LUSA/EPA

Os chefes de Estado e de governo dos 27 países da União Europeia (já sem o Reino Unido), estão hoje reunidos em Roma para assinalar os 60 anos da assinatura do Tratado que iniciou o processo de criação da Comunidade Económica Europeia, hoje União Europeia.  

Neste encontro já assinaram, juntamente com os presidentes das instituições europeias, a chamada Declaração de Roma, que aborda o futuro da UE. A cerimónia decorreu no Capitólio, onde há 60 anos  os seus países fundadores assinaram os Tratados que deram origem à actual União Europeia. A declaração surge num contexto em que a Comissão Europeia também já lançou o «Livro Branco» sobre o futuro da UE, a ser discutido ao longo dos próximos meses.

Na Declaração de Roma é manifestado o «orgulho pelos feitos alcançados ao longo de 60 anos de história» e é apontado o caminho a seguir, admitindo uma UE a diferentes velocidades mas «na mesma direcção». Os feitos mencionados na declaração e enaltecidos nesta comemoração, nomeadamente pelo primeiro-ministro português, contrasta com a situação vivida pelos povos do continente europeu. A crise económica e social, a crise dos refugiados, o crescimento dos nacionalismos xenófobos e o terrorismo são problemas que demonstraram a incapacidade da União Europeia em dar resposta aos problemas. Mais que isso, tem surgido na opinião pública a ideia da UE como fonte dos problemas, de acordo com a sua estrutura e objectivos. A União Europeia tem-se demonstrado um processo de domínio económico e político, de concentração de capital e de poder, desenhado de acordo com os interesses do monopólios europeus.

Objectivos que reiteram o carácter da UE

A declaração aponta quatro grandes objetivos, o primeiro dos quais «uma Europa segura, onde todos os cidadãos se sintam seguros e possam mover-se livremente, com fronteiras externas bem guardadas», sendo enfatizado o reforço da segurança e defesa comuns. É apontado um caminho de avanço do militarismo, dos gastos militares e da indústria de armamento, assim como o prosseguimento da política restritiva de migrações. 

Os 27 comprometem-se também com um mercado único forte e interligado e «uma moeda única estável e fortalecida». Neste ponto, a declaração sublinha a necessidade de completar a União Económica e Monetária e de trabalhar com vista à convergência económica, prioridades que o Governo português quis ver inscritas na declaração. Não será demais lembrar que, com a via da integração na União Económica e Monetária, o País abdicou do controlo sobre a moeda e da livre condução da política económica. 

O texto contempla também a «Europa social», uma União que, «baseada no crescimento sustentável, promova o progresso económico e social, bem como a coesão e a convergência». Este objectivo contrasta com uma realidade em que existem crescentes assimetrias no desenvolvimento económico e social dos Estados, e com um contexto em que se verificam problemas sociais na generalidade dos países da UE, como o desemprego, a precariedade, a pobreza e a polarização social. O próprio Livro Branco reconhece a tendência geral para a regressão das condições de vida.

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