Apoiantes da causa palestiniana, anti-imperialistas e defensores da paz responderam ao apelo à mobilização do Conselho da Paz de Chipre (CPC), juntando-se frente à base militar britânica de Akrotiri, em Chipre, para repudiar – mais uma vez – a existência da base, exigir o seu desmantelamento e denunciar os ataques contra o Iémen, também a partir de território cipriota.
Recorde-se que, na madrugada de sexta-feira, aviões, navios de guerra e submarinos dos EUA e do Reino Unido deram início a uma ofensiva contra o movimento Huti Ansarullah, que, em solidariedade com o povo palestiniano, tem atacado navios no Mar Vermelho ligados a Israel ou que se dirigem para os portos nos territórios ocupados em 1948.
Da base militar de Akrotiri partiram caças Typhoon britânicos envolvidos na operação. Além disso, o Reino Unido está a ser acusado de utilizar Akrotiri como plataforma de apoio logístico ao massacre do povo palestiniano cometido pelo regime sionista.
No domingo, várias centenas de manifestantes gritaram «Fora com as bases da morte» à entrada de Akrotiri, uma das duas bases que o Reino Unido mantém em Chipre.
Natalia Olivia, da organização Unidos pela Palestina, disse à Reuters: «Estamos aqui porque condenamos a cumplicidade do governo do Reino Unido e a utilização de terras cipriotas para a sua agenda de apoio a Israel no ataque a Gaza.»
Também presentes na mobilização de dia 14 estiveram os comunistas cipriotas, que se opõem aos ataques contra o Iémen e ao massacre em Gaza, e lembram que «a mera presença de bases britânicas em território cipriota já é uma entrega vergonhosa de soberania».
Em comunicado, refere o portal nuevarevolucion.es, a Iniciativa Comunista de Chipre alerta ainda que os ataques perpetrados a partir de território nacional «colocam o Chipre e o seu povo em perigo imediato», e defende que o país insular se deve «manter à margem dos últimos planos imperialistas na região».
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