Apoiantes da causa palestiniana, anti-imperialistas e defensores da paz responderam ao apelo à mobilização do Conselho da Paz de Chipre (CPC), juntando-se frente à base militar britânica de Akrotiri, em Chipre, para repudiar – mais uma vez – a existência da base, exigir o seu desmantelamento e denunciar os ataques contra o Iémen, também a partir de território cipriota.
Recorde-se que, na madrugada de sexta-feira, aviões, navios de guerra e submarinos dos EUA e do Reino Unido deram início a uma ofensiva contra o movimento Huti Ansarullah, que, em solidariedade com o povo palestiniano, tem atacado navios no Mar Vermelho ligados a Israel ou que se dirigem para os portos nos territórios ocupados em 1948.
Da base militar de Akrotiri partiram caças Typhoon britânicos envolvidos na operação. Além disso, o Reino Unido está a ser acusado de utilizar Akrotiri como plataforma de apoio logístico ao massacre do povo palestiniano cometido pelo regime sionista.
No domingo, várias centenas de manifestantes gritaram «Fora com as bases da morte» à entrada de Akrotiri, uma das duas bases que o Reino Unido mantém em Chipre.
Natalia Olivia, da organização Unidos pela Palestina, disse à Reuters: «Estamos aqui porque condenamos a cumplicidade do governo do Reino Unido e a utilização de terras cipriotas para a sua agenda de apoio a Israel no ataque a Gaza.»
Forças britânicas e dos EUA atacaram vários pontos do país árabe em resposta às acções solidárias com a Palestina do movimento Huti Ansarullah no Mar Vermelho, impedindo a passagem de navios para Israel. Abdulsaham Jahaf, membro do Comité de Defesa e Segurança Huti, disse à imprensa que forças norte-americanas, do Reino Unido e de Israel lançaram ataques, esta sexta-feira, contra as províncias de Hudaydah, Saná, Dhamar e Sa’ada. A agência iemenita Saba afirmou tratar-se de uma agressão britânica, norte-americana e israelita, com múltiplos ataques aéreos contra a cidade de Saná, capital do país, e vários pontos nas províncias de Hudaydah, Dhamar e Sa’ada. Meios de imprensa norte-americanos também deram conta da agressão aérea ocidental ao país árabe, com o Pentágono a anunciar que tinha atacado 12 locais no Iémen, com recurso a aviação de guerra, submarinos e mísseis de cruzeiro. Por seu lado, o canal pan-árabe Al Mayadeen refere-se às declarações de um funcionário do Departamento da Defesa dos EUA, de acordo com as quais os ataques, perpetrados por forças dos Estados Unidos e do Reino Unido, contaram com o apoio logístico e de inteligência de Austrália, Países Baixos, Canadá e Bahrain. Recentemente, o movimento Huti Ansarullah e as Forças Armadas do Iémen levaram a cabo uma série de ataques, com drones e mísseis, contra navios ligados a Israel ou com destino a portos nos territórios ocupados em 1948. Estas acções foram realizadas em solidariedade com o povo palestiniano, sobretudo na Faixa de Gaza cercada e invadida, que desde o início de Outubro é alvo de bombardeamentos indiscriminados por parte das forças de ocupação israelita. Dados preliminares – em que não entram os mortos e feridos nos ataques israelitas das últimas horas – apontam para 23 469 mortos, cerca de 60 mil feridos e 8000 desaparecidos na mais recente agressão israelita contra Gaza. Citado pela Al Mayadeen, Mohammed Abdul Salam, representante do movimento de resistência Huti Ansarullah, declarou o compromisso de não deixar passar no Mar Vermelho navios com destino a Israel. Abdul Salam, que condenou a agressão militar contra o território iemenita, disse não haver «qualquer justificação para esta agressão contra o Iémen, uma vez que não foi ameaçada a navegação internacional no Mar Vermelho e no Mar Arábico, e apenas foram visados – e continuarão a sê-lo – navios israelitas e aqueles que se dirijam para portos na Palestina ocupada». Por seu lado, Mohammad Ali al-Houthi, membro do Supremo Conselho Político, enquadrou esta agressão no contexto regional, afirmando que «estes ataques aéreos confirmam que são eles [os norte-americanos] que comandam a agressão contra Gaza». «O que a América [EUA] e o Reino Unido fizeram é uma agressão selvagem e injustificável, num momento em que o mundo está a tentar parar o genocídio em Gaza», denunciou. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
EUA e Reino Unido levam a cabo agressão contra o Iémen
Movimento Huti reafirma solidariedade com a Palestina
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Também presentes na mobilização de dia 14 estiveram os comunistas cipriotas, que se opõem aos ataques contra o Iémen e ao massacre em Gaza, e lembram que «a mera presença de bases britânicas em território cipriota já é uma entrega vergonhosa de soberania».
Em comunicado, refere o portal nuevarevolucion.es, a Iniciativa Comunista de Chipre alerta ainda que os ataques perpetrados a partir de território nacional «colocam o Chipre e o seu povo em perigo imediato», e defende que o país insular se deve «manter à margem dos últimos planos imperialistas na região».
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