«É claro que votei contra», escreveu Alexandria Ocasio-Cortez na rede social X a propósito do seu voto contra uma emenda apresentada pela deputada Marjorie Taylor Greene, congressista republicana, que procurava cortar em 500 milhões de dólares a ajuda militar americana para os sistemas de defesa aérea de Israel.
A emenda foi chumbada por ampla maioria, com apenas seis deputados a votar a favor e 422 contra. Ocasio-Cortez, vista por alguns como uma das caras mais à esquerda do Partido Democrata, justificou o seu voto contra a eliminação de verbas destinadas a «Programas Cooperativos Israelitas» pela emenda não cortar a ajuda ofensiva «nem encerrar o fluxo de munições americanas usadas em Gaza».
A questão é que o corte proposto impedia o envio de mísseis para o Estado de Israel, aquele que está a realizar um genocício. Esta não é a primeira vez que Ocasio-Cortez tem um voto semelhante. Em 2021, a democrata absteve-se numa votação sobre o financiamento militar adicional de mil milhões de dólares para o sistema de defesa israelita.
Quem já reagiu foram os Socialistas Democráticos da América que, condenando a votação de Ocasio-Cortez, afirmaram: «Um embargo de armas significa manter todas as armas fora das mãos de um exército genocida, sem excepções. É por isso que nos opomos ao voto da deputada Alexandria Ocasio-Cortez».
A congressista do Partido Democrata vai, assim, somando polémicas e críticas à esquerda, com muitas das vozes críticas a acusarem-na de ser performativa, dado o conjunto de contradições que tem vindo a revelar.
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