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Norte-americanos têm mais dificuldades em pagar as contas do que na pandemia

O número de cidadãos norte-americanos que têm dificuldades em pagar as contas é hoje maior do que no pico da pandemia de Covid-19, em 2020, revela o Gabinete de Censos dos EUA.

Cartaz colado na baixa de Seattle, estado de Washington, EUA, pede a suspensão do pagamento de rendas, a 26 de Março de 2020 
Cartaz colado na baixa de Seattle, estado de Washington, EUA, pede a suspensão do pagamento de rendas, a 26 de Março de 2020 CréditosStephen Brashear / EPA

A percentagem que declara estar a ter dificuldades para pagar as suas despesas ultrapassou os níveis registados no pico da Covid-19, há dois anos, revela uma pesquisa da entidade responsável pelos censos (US Census Bureau), sublinhando o peso financeiro dos aumentos de preços nos orçamentos familiares.

Na pesquisa, realizada no final de Junho e no início deste mês, quatro em cada dez adultos afirmam que tem sido algo ou bastante difícil cobrir as despesas domésticas habituais.

É o número mais elevado de cidadãos que expressam dificuldades desde que o Censo começou a colocar a questão, em Agosto de 2020, indica o portal bloomberg.com.

Isto significa que há mais de 90 milhões de famílias com problemas nos Estados Unidos, quando há um ano eram 60 milhões.

Quando o Gabinete de Censos colocou a questão pela primeira vez, em 2020, um terço dos inquiridos afirmaram estar a passar por dificuldades para pagar as despesas domésticas comuns.

Depois, esse número caiu, mas, quando a ajuda governamental terminou e a inflação se impôs, o número de pessoas a declarar dificuldades voltou a aumentar, há cerca de um ano.

A 1 de Setembro termina a moratória sobre a cobrança de dívidas a estudantes, declarada no âmbito da Covid-19, pelo que se estima que milhões de lares passem a debater-se com uma despesa extra, refere a fonte.

De acordo com a pesquisa, o «stress financeiro» aumentou significativamente nas grandes áreas metropolitanas do país. Em Dallas, por exemplo, a percentagem de inquiridos que declaram ter dificuldades em pagar as contas subiu de 27,9%, há um ano, para 45,9%. Em Detroit, registou-se um aumento de quase 20 pontos percentuais no mesmo período.

Um relatório recente do Controlador do estado de Nova Iorque, Thomas DiNapoli, revelou que um em cada oito residentes tinham pagamentos de facturas de serviços públicos em atraso, a partir de Março. Mais de 1,2 milhões de utentes devem 1,8 mil milhões de dólares, neste estado da Costa Leste, sendo que os residentes na cidade de Nova Iorque representam 68% do total.

Em média, os residentes do estado de Nova Iorque passaram a dever o dobro em dois anos: 768 dólares, em Março de 2020; 1467 dólares em Março último.

«Os efeitos da pandemia continuam a ser sentidos em múltiplos aspectos da vida, incluindo o elevado número de nova-iorquinos que continuam a ter problemas em pagar as suas contas de serviços públicos», disse DiNapoli no relatório.

A nível dos EUA, os dados da mais recente pesquisa do Censo mostram que mais de um terço dos lares reduziram ou evitaram despesas em necessidades básicas, como medicamentos ou alimentação, para pagar facturas de energia.

Além disso, mais de uma em cada cinco famílias mantiveram as suas casas a temperaturas que pareceram inseguras ou não saudáveis pelo menos um mês; uma fatia semelhante não foi capaz de pagar pelo menos uma parte de uma factura de energia.

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