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|Peru

No segundo dia de greve, Polícia carregou sobre mineiros peruanos

A negociação colectiva, aumentos salariais e melhores condições de trabalho, assim como a denúncia da atitude do patronato, que se recusa a negociar, levaram os mineiros a partir para a greve, dia 10.

A Federação Nacional de Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Siderúrgicos do Peru afirma que a greve está ser seguida a nível nacional, apesar das ameaças aos mineiros
A Federação Nacional de Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Siderúrgicos do Peru afirma que a greve está ser seguida a nível nacional, apesar das ameaças aos mineiros Créditos / infosindicatos.com

Esta quarta-feira, segundo dia da greve convocada por tempo indeterminado, várias centenas de trabalhadores peruanos, acompanhados por familiares, marcharam até ao Congresso da República, em Lima, em cujas imediações a Polícia Nacional carregou sobre os mineiros, recorrendo também a gás lacrimogéneo, segundo referem a TeleSur e El Comercio.

Em declarações à imprensa, Jorge Juárez, secretário-geral da Federação Nacional de Trabalhadores Mineiros, Metalúrgicos e Siderúrgicos do Peru (FNTMMSP), explicou que uma das questões principais que levaram os trabalhadores à greve é a oposição ao chamado Plano Nacional de Competitividade e Produtividade, aprovado no final de Julho pelo presidente peruano, Martín Vizcarra, e que, desde que foi anunciado, no âmbito de uma reforma laboral mais ampla, foi alvo de forte contestação, por «atacar os direitos dos trabalhadores».

Outra questão fundamental é a negociação colectiva e a recusa sistemática do patronato em reconhecê-la, não acatando inclusive um parecer do Tribunal Constitucional (TC) que determina a legalidade dessa negociação e a obrigatoriedade de as empresas do sector «negociarem em bloco» os aumentos salariais e a melhoria das condições de trabalho. Em vez disso, violando a legalidade reconhecida pelo TC, as empresas insistem em manter a negociação individual.

A greve dos mineiros peruanos surge também como consequência da recusa do patronato em negociar com a FNTMMSP. Segundo a Federação, depois da tentativa falhada de diálogo – por iniciativa sindical – há cinco meses, na segunda-feira passada o Ministério peruano do Trabalho convocou a FNTMMSP e a Sociedade Nacional de Mineração, Petróleo e Energia (patronato) para uma reunião, com o intuito de «resolver o conflito e as exigências dos trabalhadores».

No entanto, revela o El Comercio, a reunião acabou por não se realizar, uma vez que apenas compareceram os representantes da Federação sindical. O patronato mandou três advogados ao encontro.

Ameaças e intimidações a trabalhadores

Numa conferência que deu na quarta-feira, primeiro dia de greve, o secretário-geral da Federação, Jorge Juárez, denunciou que os mineiros estão a ser alvo de acções de intimidação e ameaçados com represálias, por parte das empresas, no caso de aderirem à greve.

Sublinhando a recusa do patronato em negociar, lembrou que os lucros das empresas mineiras aumentaram 50%, num país que é um dos principais produtores mundiais de ouro, indica a Prensa Latina.

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