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|suécia

Neonazis manifestam-se em Estocolmo a 15 dias das eleições

Com a imigração no centro das atenções, o Movimento de Resistência Nórdico reuniu cerca de 300 militantes no centro da capital sueca, vigiados de perto pela Polícia e vaiados por contramanifestantes.

À concentração de 300 neonazis do Movimento de Resistência Nórdico este sábado, em Estocolmo, responderam cerca de 200 contramanifestantes
À concentração de 300 neonazis do Movimento de Resistência Nórdico este sábado, em Estocolmo, responderam cerca de 200 contramanifestantesCréditos / RT

De acordo com a TV sueca SVT, a mobilização ficou bastante aquém do limite máximo de 3000 participantes solicitado às autoridades suecas pelo partido de extrema-direita. No entanto, o Movimento de Resistência Nórdico (MRN), fundado em 1997, tem ganho força nos últimos anos, afirmando-se claramente contra a presença dos imigrantes na Suécia, contra os homossexuais e a favor da instauração de um governo «nacional-socialista», para pôr fim à «traição ao povo» no Parlamento.

Também é considerado o mais activo e violento dos grupos de extrema-direita na Suécia. As suas manifestações costumam gerar contramanifestações, como aconteceu em Setembro do ano passado em Gotemburgo ou anteontem numa praça do centro de Estocolmo.

O portal sueco de notícias em inglês The Local indica que, nas imediações da praça onde se juntaram os neonazis, cerca de 200 manifestantes protestaram contra a sua presença, gritando palavras de ordem contra a visão racista e anti-semita do MRN, enquanto batiam nas barreiras metálicas de separação instaladas pela Polícia, tentando assim impedir que se ouvissem os discursos dos seus dirigentes.

Entre os contramanifestantes estavam a ministra sueca da Cultura, Alice Bah Kuhnke, cujo pai é da Gâmbia, e o líder do Partido Liberal, Jan Björklund, cuja mãe chegou à Suécia «como refugiada no período nazi», revela a mesma fonte.

A manifestação dos neonazis teve lugar a duas semanas das eleições gerais na Suécia, marcadas para 9 de Setembro, nas quais a imigração é um dos temas em destaque. Pela primeira vez nos seus 21 anos de existência, o MRN vai apresentar uma lista de candidatos às eleições parlamentares, embora – frisa o The Local – seja pouco provável que consiga atingir os 4% de votação necessários para entrar no Parlamento.

Não gostam que lhes chamem «neonazis», mas Hitler foi «muito bom»

Entrevistado este sábado pela RT, Simon Lindberg, dirigente do MRN, deixou clara a natureza fascista do seu movimento, afirmando que o objectivo último da organização é «garantir a existência» do povo sueco e sublinhando que «entre 20% e 30% dos habitantes na Suécia são não europeus».

Os suecos vão tornar-se uma minoria em breve e «acabarão por deixar de existir» no seu próprio país, defendeu o dirigente do partido neonazi, acrescentando que, como «já é muito tarde para parar a imigração, é preciso expulsá-los».

Os membros do MRN não gostam de ser chamados «neonazis», mas não se coíbem de expressar apoio ao partido nazi na Alemanha e mesmo de enaltecer e defender a figura de Adolf Hitler, como Lindberg fez na entrevista à RT.

Para Lindberg, Hitler – que «está rodeado de um milhão de mentiras» – foi «uma pessoa muito, muito boa para o povo alemão», tendo feito «o que era necessário para garantir a sua liberdade». E disse ainda: «Somos nacional-socialistas, como Hitler foi, e faremos tudo o que for preciso para ter a nossa nação de volta.»

Sobre o Holocausto, o dirigente do MRN disse que «é provavelmente a maior mentira da História», acrescentando que foram «os judeus que declararam guerra à Alemanha».

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