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|Venezuela

Não cessa a agressão e a chantagem política dos EUA contra a Venezuela

A política desestabilizadora de Washington contra a Venezuela, que recorre abertamente à «extorsão» e à «chantagem», conheceu novo episódio esta terça-feira com a proposta apresentada por Pompeo.

Mural «chavista» em Caracas
A Venezuela recusou a proposta intervencionista dos EUA e teceu fortes críticas ao governo português, por ser «submisso» e «se ajoelhar de modo tão humilhante» perante Donald Trump Créditos / greenleft.org.au

A atitude marcadamente intervencionista da administração norte-americana foi reafirmada esta terça-feira com a apresentação de um suposto quadro para a transição democrática no país caribenho. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, propôs a criação de um governo de transição (Conselho de Estado), que deveria convocar eleições presidenciais num prazo de seis meses a um ano.

No âmbito dessa chamada «transição democrática», o plano intervencionista de Washington prevê que o presidente eleito e legítimo, Nicolás Maduro, e o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, se afastem do cenário. Em troca, a Casa Branca levanta as sanções que tem imposto ao país sul-americano.

«A Venezuela é um país livre, soberano, independente e democrático, que não aceita nem aceitará jamais ser tutelado por nenhum governo estrangeiro», afirmou o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros num comunicado em que repudia a proposta dos EUA.

A política de Washington para com a Venezuela vai das «ameaças» à «extorsão», denuciou o governo venezuelano, que exigiu à administração norte-americana que abandone a «estratégia falhada» de «mudança de regime pela força», bem como a eliminação das medidas coercitivas que impedem o país de adquirir medicamentos para enfrentar a pandemia de Covid-19.

«Chama a atenção que incluam [no plano] a curiosa decisão de retirar a cadeira ao deputado que é o ilegalmente autoproclamado presidente interino, que foi escolhido por eles em 2019 como ponta de lança da sua estratégia golpista e que cumpriu as ordens decretadas a partir de Washington, através dos caminhos da violência e da persistente conspiração», frisa o texto.

Acções «contraditórias» e «miseráveis»

Esta nova manobra intervencionista segue-se às «falsas acusações» promovidas recentemente pela administração norte-americana contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e outros altos dirigentes do país sul-americano, pela suposta prática de narcotráfico, acompanhadas de recompensas pela sua captura ou informações que a ela conduzam.

As autoridades venezuelanas sublinham, na nota, como isto é «contraditório», uma vez que, de acordo com estatísticas divulgadas por gabinetes norte-americanos que acompanham os narcóticos, a Venezuela «não é nem de perto a via de trânsito da droga que se produz na Colômbia e que é levada para os Estados Unidos, primeiro país consumidor do mundo».

«As acções recentes da administração de Donald Trump não podem ser classificadas de outra forma senão miseráveis», lê-se no documento. «Tentar tirar proveitos geopolíticos no meio da mais pavorosa pandemia mundial, só pode vir da miséria de pessoas sem a mínima sensibilidade e preocupação social», denuncia.

«Quem tem de se afastar é precisamente a administração de Donald Trump», enfatiza a nota, sublinhando que «nem as ameaças, nem as estratégias de extorsão, nem a pretensão de impor falsos acordos conseguirão fazer distrair as atenções e as energias» do presidente Maduro e do Estado venezuelano, empenhados na protecção do povo da Venezuela.

Entretanto, o Ministério português dos Negócios Estrangeiros, liderado por Augusto Santos Silva, já se congratulou com a solução política avançada por Washington. A este propósito, o chefe da diplomacia venezuelana, Jorge Arreaza, escreveu no Twitter que «o digno povo português não merece um governo submisso, que se ajoelhe de maneira tão humilhante perante Donald Trump».

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