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|Chile

A mobilização no Chile não pára e segue para a «super segunda-feira»

Após um fim-de-semana marcado por assembleias populares concelhias, a CUT convocou para esta segunda-feira várias acções de massas. A repressão pelas autoridades prossegue e já fez mais de dois mil feridos.

Manifestações contra o governo de Sebatian Piñera. Concepcion, Chile, 31 de Outubro de 2019
Manifestações contra o governo de Sebatian Piñera. Concepcion, Chile, 31 de Outubro de 2019 CréditosDIEGO IBACACHE / EPA

A Central Unitária dos Trabalhadores (CUT) convocou diversas acções para o fim-de-semana e, para amanhã, manifestações naquela que se designa de «super segunda-feira».

A ideia é a realização de três acções principais que passam por ir até junto de representantes parlamentares para exigir que se trave o debate legislativo que está na agenda do governo; por realizar concentrações e marchas nas praças das principais cidades; e uma grande concentração em Santiago na Praça Itália.

As grandes reivindicações para as mobilizações passam por uma nova Constituição, um salário mínimo de 500 mil pesos, uma pensão equivalente ao salário mínimo, um conjunto de serviços básicos garantidos, e um transporte público com gratuitidade para estudantes e idosos, entre outras questões.

Durante o fim-de-semana foi dado fôlego a assembleias concelhias populares, que têm como impulsionadora a Unidade Social – composta por mais de 70 organizações, entre as quais a CUT, sindicatos do sector público, organizações de estudantes e outros –, e nas quais têm participado cerca de dez mil cidadãos. O objectivo é que toda la informação que saia destas reuniões venha a ser compilada e sistematizada pela Universidade do Chile em relatório.

Repressão chilena provoca mais de 2000 feridos

Desde o início das acções de luta contra o governo de Piñera, já se registaram mais de 2000 feridos e foram detidas mais de 4300 pessoas.

Agente das forças de segurança a disparar sobre manifestantes. Concepcion, Chile, 31 de Outubro de 2019 CréditosDIEGO IBACACHE / EPA

 

Os dados das detenções reportam-se até às 22h do dia 1 de Novembro e resultam dos confrontos que têm ocorrido entre as forças de segurança e os manifestantes, em relatório apresentado pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH).

 

O INDH fala ainda em mais de 1500 feridos, mas os dados fornecidos por Patricio Acosta, presidente da Cruz Vermelha chilena, informam que já são mais de dois mil e podem já rondar os 2500. As divergências entre os números explicam-se pelo facto de muitos dos manifestantes feridos acabarem por recusar serem encaminhados para os estabelecimentos de urgência por receio de virem a ser detidos.

Estão em curso 179 acções judiciais em função de denúncias de tortura praticada pelas forças de segurança contra detidos, segundo dados do INDH.

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