A propósito do regresso a casa destes 170 compatriotas que se encontram no Equador, o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros informou que 64% apontaram problemas económicos como motivo para voltarem, 54% referiram-se a questões de xenofobia e 21% a problemas de saúde.
Em Quito, capital do país andino, os beneficiados pelo Plano Regresso à Pátria partem da Embaixada venezuelana, acompanhados por funcionários da representação diplomática até ao Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, de onde serão transportados num avião da Conviasa até ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, na Venezuela. Em simultâneo, um outro voo da companhia aérea estatal venezuelana parte da cidade equatoriana de Guayaquil, indicam a TeleSur e a VTV.
Em declarações à Prensa Latina, o responsável pelo processo de repatriamento dos venezuelanos a partir do Equador, Pedro Sassone, precisou que «se tratou de um processo sistemático, cujo cumprimento implicou, para a Venezuela, um grande esforço do ponto de vista económico e financeiro», uma vez que «é um programa de carácter social».
Ajudar compatriotas que emigraram, vítimas de xenofobia e exploração
O Plano Regresso à Pátria foi implementado em Agosto do ano passado pelo chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, tendo como objectivo apoiar os venezuelanos que emigraram para outros países da América Latina, onde pensavam encontrar novas oportunidades de trabalho e de melhorar as suas vidas, mas que acabaram por se deparar com uma realidade adversa, e expressaram a vontade de regressar à Venezuela.
De acordo com os próprios emigrantes, muitos manifestaram esse desejo depois de sofrerem acções de xenofobia, violência e discriminação, enfrentarem situações de desemprego, exploração e maus-tratos laborais, bem como problemas de saúde e dificuldades económicas existentes nos países de acolhimento.
De acordo com dados oficiais, divulgados pela VTV, o «Plan Vuelta a la Patria» beneficiou até ao momento 14 070 venezuelanos, possibilitando-lhes o regresso da Argentina (434), do Brasil (6965), do Chile (272), da Colômbia (764), do Equador (2797), do Panamá (1), do Peru (2561) e da República Dominicana (276).
Como explicaram as autoridades venezuelanas, não se trata de um simples programa de repatriamento de compatriotas em dificuldades, mas visa reintegrá-los na vida produtiva do país, «com a premissa de que estudem e trabalhem para a paz e a prosperidade socioeconómica» venezuelana.
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