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|México

López Obrador denuncia campanha contra a gratuitidade dos livros escolares

Ao denunciar a «campanha difamatória do conservadorismo» contra a distribuição gratuita de manuais escolares, o presidente mexicano acusou certos governadores de «sectarismo e politiquice».

Créditos / La Jornada

Na habitual conferência matinal, Andrés Manuel López Obrador sublinhou, esta terça-feira, que a concepção e a distribuição dos manuais são uma competência do executivo federal, pelo que impedir a sua entrega «seria uma atitude contrária à Constituição, um acto inconstitucional».

Obrador aludiu desta forma à atitude dos governadores dos estados de Chihuahua, Coahuila, Jalisco e Guanajuato (de partidos da oposição), que anunciaram que não iriam proceder à distribuição dos manuais de texto gratuitos para o próximo ano lectivo, tendo-os acusado de estar a agir de «forma sectária e politiqueira».

O presidente mexicano rejeitou as críticas ao conteúdo dos livros, refere o diário La Jornada, afirmando que se trata de «uma campanha difamatória do conservadorismo, sem sustento», e tendo reiterado que esta mesma terça-feira a Secretaria da Educação Pública (SEP) daria a conhecer todos os conteúdos.

«Dizem que, com os livros, se vai injectar o vírus do comunismo», declarou López Obrador, para em seguida afirmar que isso é «grotesco, um absurdo» e que quem o faz age com «má-fé». «Por isso, se vai dar a conhecer o que contêm os livros, feitos por professores, pedagogos, especialistas», disse.

Andrés Manuel López Obrador durante a conferência matinal no Palácio Nacional, na Cidade do México, a 8 de Agosto de 2023 // Cristina Rodríguez / La Jornada

A este propósito, lembrou que se trata de uma reacção semelhante à que os sectores conservadores tiveram quando se iniciou a distribuição de manuais gratuitos, durante o governo do presidente Adolfo López Mateo, no século passado.

Então, «também alguns estados se manifestaram contra, e são quase as mesmas organizações de direita, muito conservadoras», defendeu.

No Palácio Nacional, na Cidade do México, Obrador disse ainda que o seu governo vai esperar pelo início formal do processo de distribuição e entrega dos manuais, e, se for caso disso, poderá recorrer a vias legais para que o processo seja cumprido.

Rejeição dos manuais é alheia ao interesse educativo, defendem especialistas

Em declarações ao La Jornada, alguns especialistas e pedagogos reconheceram avanços ao nível da igualdade de género, cuidados de saúde e aproximação à diversidade linguística, mas também apontaram «carências, desfasamentos e inclusive contradições» nas propostas pedagógicas e metodológicas, que devem ser corrigidas.

Em todo o caso, sublinharam que «a crítica feroz contra os manuais escolares gratuitos não surge do interesse educativo, mas do político, económico e eleitoral, o que não ajuda ao trabalho docente e em nada beneficia a escola ou a educação».

Todo o novo material «pode incluir erros e carências tanto de conteúdo como ortográficos, mas o fundo é outro», afirmaram.

Um dos especialistas, o professor-investigador Juan Manuel Rendón, disse a este propósito que é necessário «distinguir dois campos muito definidos: o político, económico e eleitoral, e o pedagógico e ideológico».

«Não se pode obviar o facto de que existem interesses muito poderosos por trás destes ataques, que no fundo procuram minar a educação pública», sublinhou.

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