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|Guatemala

Governo da Guatemala recorre aos anti-distúrbios para lidar com os bloqueios

Ao nono dia de bloqueios rodoviários para exigir democracia e respeito pelos resultados das eleições, o ministro do Interior decidiu accionar «a máquina» contra o «nem um passo atrás» dos manifestantes.

A paralisação nacional em defesa da democracia na Guatemala teve início na madrugada de dia 2 de Outubro de 2023 
A paralisação nacional em defesa da democracia na Guatemala teve início na madrugada de dia 2 de Outubro de 2023 Créditos / Prensa Latina

Pelo menos 136 pontos do país centro-americano estiveram bloqueados esta terça-feira, no âmbito da paralisação e dos protestos convocados por diversas organizações, desde dia 2, contra o ataque do Ministério Público (MP) ao poder eleitoral.

Os mobilizados exigem a demissão da Procuradora-Geral, Consuelo Porras, e o respeito pela vontade popular expressa nas eleições de 20 de Agosto, que deram a vitória ao progressista Bernardo Arévalo.

Em declarações à imprensa, ontem, o ministro do Interior, Napoleón Barrientos, disse que iria empregar a Polícia para desimpedir as principais vias do país.

«Falar-se-á com as pessoas e, se não atenderem ao apelo das autoridades […], teremos de proceder ao desimpedimento», afirmou o titular da pasta, assegurando que serão respeitados «todos os protocolos» e alegando que a medida se justifica porque se «está a chegar aos limites do desabastecimento».

Recorde-se que organizações indígenas, estudantis, sindicais e outras promovem a realização de protestos em defesa da democracia, depois de o Ministério Público ter decretado a realização de buscas na sede do Tribunal Supremo Eleitoral, a 29 de Setembro, e ter ali apreendido actas eleitorais no dia seguinte.

A acção foi vista como um «golpe de Estado» para impedir que Arévalo, o vencedor das últimas eleições, assuma o cargo e, neste contexto, escolas, lojas e outros estabelecimentos têm estado encerrados.

Bloqueio rodoviário na Guatemala / PL

Além da paralisação por tempo indeterminado – até que Porras se demita –, dos bloqueios de estradas e de manifestações em vários pontos do país, tem havido uma concentração permanente frente à sede do Ministério Público, para repudiar a sua intervenção e em defesa da democracia.

Giammattei diz que bloqueios são ilegais e que capturará dirigentes dos protestos

O ainda presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, anunciou na segunda-feira que o seu executivo irá solicitar ordens de captura para aqueles que designou como «líderes dos protestos e manifestações».

Numa mensagem divulgada ao país, Giammattei classificou os bloqueios como ilegais e disse que «não são pacíficos», porque «limitam a liberdade de movimento».

Também afirmou que há países e organizações por trás dos bloqueios, a financiá-los, mas sem entrar em mais detalhes, indica a Prensa Latina.

Os manifestantes têm sublinhando a sua «atitude pacífica», bem como a determinação em manter as mobilizações, e afirmam que se manifestam para mostrar descontentamento com a actuação do MP contra o processo eleitoral e por «uma Guatemala democrática».

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