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|América Latina

À frente da Celac, Honduras assumem a defesa da soberania dos povos

Soberania, independência e autodeterminação dos povos são algumas das principais linhas que as Honduras vão defender à frente da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

A presidente das Honduras, Xiomara Castro, ao lado de António Guterres, secretário-geral da ONU, no decorrer da VIII Cimeira da Celac 
A presidente das Honduras, Xiomara Castro, ao lado de António Guterres, secretário-geral da ONU, no decorrer da VIII Cimeira da Celac Créditos / Prensa Latina

No quadro da VIII Cimeira da Celac, celebrada na sexta-feira passada em Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, a chefe de Estado hondurenha, Xiomara Castro, assumiu a presidência do bloco regional (até 2025), tendo apresentado várias propostas para levar por diante o «projecto da Pátria Grande».

Castro propôs-se acompanhar as declarações de soberania apresentadas pelos representantes dos estados-membros da Celac, bem como continuar a luta pelo fim do bloqueio e de outras medidas unilaterais impostas pelos Estados Unidos a Cuba, Nicarágua e Venezuela.

A chefe de Estado hondurenha, indica a Prensa Latina, também declarou que irá acompanhar a Argentina na reivindicação de soberania sobre as Malvinas e que irá promover uma discussão aberta sobre a situação de Porto Rico.

«A nossa democracia foi atingida pela crise mundial do capitalismo, a guerra, a inflação, o aquecimento global e, sobretudo, pelo modelo de corruptas privatizações neoliberais», afirmou, sublinhando que os seus projectos se baseiam no sonho dos dirigentes independentistas da região, como Simón Bolívar, José Martí e Francisco Morazán.

Paz, «benefício supremo e legítimo»

Por seu lado, o ministro hondurenho dos Negócios Estrangeiros, Enrique Reina, disse à imprensa que, na cimeira, se declarou a paz como «benefício supremo e legítimo das aspirações dos povos, como um princípio comum e valor da comunidade da América Latina».

Além disso, os chefes de Estado, de governo e outros representantes dos 33 países que integram a Celac expressaram a sua preocupação com a grave situação humanitária na Faixa de Gaza e o sofrimento do povo palestiniano, em virtude das constantes agressões das forças israelitas, que provocaram mais de 30 mil mortos.

Neste sentido, apoiaram a exigência expressa pela maioria dos países na Assembleia Geral da ONU de um cessar-fogo imediato e de dar seguimento às orientações do Tribunal Internacional de Justiça sobre a violação do direito internacional.

Todos os «temas importantes» abordados

Ainda no âmbito da VIII Cimeira da Celac, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, o país anfitrião, declarou à imprensa local a sua satisfação pelo facto de as 33 delegações terem analisado com profundidade a agenda e terem avançado para a Declaração de Kingstown com todos os temas importantes nela incluídos.

A este propósito, Ralph Gonsalves disse que a declaração contém iniciativas para promover a segurança alimentar, a luta contra as alterações climáticas e a manutenção da paz regional, além de se referir às acções indispensáveis para responder às necessidades das mulheres, dos afro-descendentes, dos indígenas e das pessoas com deficiência.

Segundo Gonsalves, o documento, amplo, inclui referências especiais ao bloqueio económico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba, ao massacre israelita em Gaza, à guerra na Ucrânia e à instabilidade no Haiti.

A VIII Cimeira da Celac segue-se às que tiveram lugar em Caracas, Venezuela (2011; a da fundação do mecanismo de integração regional); Santiago, Chile (2013); Havana, Cuba (2014); San José, Costa Rica (2015); Quito, Equador (2016); Punta Cana, República Dominicana (2017); Cidade do México, México (2021) e Buenos Aires, Argentina (2023).

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