Ao intervir, esta quinta-feira, no debate aberto convocado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, Anayansi Rodríguez considerou injustificável o veto norte-americano à integração da Palestina como membro de pleno direito da ONU.
A representante cubana qualificou como uma «afronta à comunidade internacional que o Estado da Palestina, reconhecido por 140 países, continue a ser observador, enquanto a potência ocupante goza da integração com pleno direito».
«Formalizar a integração da Palestina é precisamente um dos primeiros passos que podemos e devemos dar para alcançar a desejada solução ampla, justa e duradoura para o conflito israelo-palestiniano», disse Rodríguez na sessão dedicada «à situação no Médio Oriente, incluindo a questão da Palestina».
A diplomata cubana pediu aos Estados Unidos que acabem com os entraves à integração da Palestina na ONU, denunciando que a actual administração norte-americana «inventa constantemente novos esquemas para garantir a impunidade de Israel e exonerá-lo da sua responsabilidade pelos crimes de guerra e contra a humanidade, o que retira cada vez mais credibilidade ao Conselho de Segurança», frisou, citada pelo portal do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros (Minrex).
Para a vice-ministra, o Conselho de Segurança deve cumprir o seu mandato com urgência e travar o genocídio cometido por Israel. «Deve pôr fim às políticas e práticas ilegais colonizadoras nos territórios palestinianos ocupados, que duram há mais de sete décadas», acrescentou.
A diplomata cubana reafirmou a exigência de um cessar-fogo imediato e permanente, bem como o apoio do seu país a uma Conferência de Paz, sob os auspícios da Assembleia Geral das Nações Unidas, «que permita preservar os direitos inalienáveis do povo palestiniano».
Em simultâneo, exigiu a retirada total e incondicional de Israel dos Montes Golã sírios e de todos os territórios árabes ocupados, bem como o fim das agressões contra a Síria, que «violam a sua soberania e integridade territorial».
Anayansi Rodríguez condenou de forma enérgica o ataque de Israel contra as instalações diplomáticas do Irão em Damasco, no passado dia 1 de Abril, «numa flagrante violação do Direito Internacional e da soberania da Síria».
«Estas acções inaceitáveis aumentam o risco de escalada do conflito na região, com consequências imprevisíveis», alertou.
Na sua intervenção, exigiu ainda o fim das «arbitrárias e ilegais» medidas coercivas unilaterais impostas por Washington contra países do Médio Oriente.
«A solução dos conflitos na região não poderá ser alcançada através da violência e da coerção. Devem prevalecer o diálogo e a diplomacia a favor da paz», defendeu.
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