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|Bolívia

Cuba responde à golpista boliviana e defende o trabalho da brigada médica

A diplomacia cubana respondeu à «autoproclamada» Jeanine Áñez, que esta quarta-feira proferiu um discurso contra Evo Morales e tentou desacreditar a colaboração médica de Cuba na Bolívia.

Quase 30% dos municípios brasileiros contam apenas com o atendimento de médicos cubanos integrados no «Mais Médicos»
Na sequência do golpe de Estado na Bolívia e da violência contra membros da Brigada Médica, as autoridades cubanas decretaram o regresso de todo o seu pessoal médico Créditos / blogdomarioadolfo.com.br

Na sua conta de Twitter, o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, não se poupou a termos para defender da «difamação» o trabalho da brigada médica cubana no país andino-amazónico nos 13 anos de cooperação na área da Saúde, instituída durante a governação do presidente Evo Morales.

Rodríguez classificou como «vulgares mentiras da golpista autoproclamada da Bolívia» e como «mais uma exibição de servilismo aos Estados Unidos» as afirmações ontem proferidas por Jeanine Áñez, que atacou particularmente o acordo de cooperação bilateral de saúde num discurso em que criticou a governação de Morales.

Áñez «deveria explicar ao povo [boliviano] que, após o regresso a Cuba dos colaboradores [em meados de Novembro], como consequência da violência de que foram alvo, deixaram de se realizar mais de 454 440 consultas», instou o chefe da diplomacia cubana.

Afirmou ainda que os dois meses de ausência da brigada médica cubana no país sul-americano se traduzem em quase mil mulheres que ficaram sem assistência especializada nos partos, bem como em 5000 intervenções cirúrgicas e mais de 2700 cirugias oftalmológicas que não se realizaram. «Não são só números, são seres humanos», frisou Rodríguez.

Discurso de Áñez num dia de enormes manifestações a favor do MAS

Jeanine Áñez, a presidente golpista, dirigiu uma mensagem ao país no dia do décimo aniversário do Estado Plurinacional da Bolívia, instituído por Evo Morales, em que atacou duramente os 14 anos da governação anterior – período conhecido como Revolução Democrática e Cultural –, acusando-a inclusive de ser responsável pela violência desencadeada no país (ou seja, nada a ver com o golpe de Estado, a extrema-direita e Washington a saque), e pôs em causa a legalidade e a transparência do acordo celebrado com Cuba na área da Saúde (fazendo lembrar Jair Bolsonaro).

Nos 14 anos da Revolução Democrática e Cultural – cujo início coincide com a primeira tomada de posse de Evo Morales, em 22 de Janeiro de 2006 –, muitos milhares de apoiantes do Movimento para o Socialismo (MAS) não se deixaram intimidar pelas exibições de tropa nas ruas nos últimos dias e foram protagonistas de enormes manifestações, nomeadamente em Cochabamba e El Alto, em defesa da constitucionalidade quebrada pelo golpe e em apoio aos candidatos do MAS às eleições entretanto convocadas.

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