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Cimeira de Xi'an abre uma nova era de cooperação na Ásia

A cimeira China-Ásia Central tem um «significado histórico» e vai abrir uma «nova era na cooperação entre estes países», defendeu um especialista uzbeque em declarações à Xinhua.

Xi Jinping discursa durante a Cimeira de Xi'an, celebrada a 19 de Maio de 2023 
CréditosDing Haitao / Xinhua

Shavkat Alimbekov, investigador no Instituto Internacional da Ásia Central, disse à agência chinesa que a cimeira celebrada dia 19 na cidade de Xi'an reviu as principais conquistas na cooperação entre os cinco países da região e a China nas últimas três décadas.

Em seu entender, o encontro, que contou com a presença dos chefes de Estado de China, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão, «irá contribuir para aprofundar a confiança estratégica mútua» entre «parceiros estratégicos e «vizinhos amistosos».

«Está-se a tornar cada vez mais "relevante" manter a segurança e a estabilidade regionais, e explorar novas direcções e mecanismos para a cooperação em áreas que incluem a economia, o comércio, a energia, o transporte, a cultura e as humanidades», disse Alimbekov, destacando que, na sequência desta cimeira, será reforçada «a cooperação regional com base no respeito mútuo, a igualdade e o benefício comum».

«Para os países da Ásia Central, as soluções que a China apresenta em termos de investimentos, tecnologia, agricultura, conservação da água, indústria, fabrico de maquinaria, transporte e outros sectores da economia assumem grande importância», assinalou o investigador uzbeque.

Dinamizar a cooperação no contexto da Iniciativa Cinturão e Rota

Durante a Cimeira de Xi'an, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu aos países da Ásia Central que aprofundem os laços de confiança estratégica mútua, de cooperação e amizade, por forma a garantir o desenvolvimento e a segurança na região.

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China e países da Ásia Central aprofundam parcerias e laços económicos

No encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Cooperação de Xangai foi patente a aposta no aprofundamento da cooperação e do desenvolvimento. A China não perde a embalagem.

Foto de grupo no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Cooperação de Xangai, que se realizou em Tashkent a 29 de Julho de 2022 
Créditos / China Daily

Decorreu esta sexta-feira, em Tashkent, capital do Uzbequistão, o Conselho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Cooperação de Xangai (OCX), tendo como um dos objectivos preparar a cimeira do organismo, que terá lugar, no Outono, na cidade uzbeque de Samarcanda.

Na reunião, em que foi destacado o papel da OCX na promoção do desenvolvimento e da prosperidade regional, os diplomatas defenderam o reforço da solidariedade e a activação do multilateralismo, tendo em conta as mudanças rápidas que ocorrem na situação internacional.

Neste sentido, informa a agência Xinhua, concordaram em aprofundar a cooperação mutuamente benéfica, melhorar o nível de conectividade regional, destacando que a OCX irá desempenhar um papel de maior relevo na promoção da estabilidade das cadeias internacionais de produção e fornecimento.

A Organização para a Cooperação de Xangai, criada em 2001, é integrada por Cazaquistão, China, Índia, Paquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão – país que assume actualmente a presidência. Afeganistão, Bielorrússia, Irão e Mongólia têm o estatuto de países observadores.

China e Ásia Central reforçam parcerias e ligações

No âmbito dos acordos alcançados na reunião de diplomatas da OCX em Tashkent, China e dois países da Ásia Central – Quirguistão e Uzbequistão – decidiram promover o reforço dos seus laços, dando enfoque especial às ligações ferroviárias e rodoviárias, e à dinamização da cooperação económica.

Wang Yi defende que as condições para a construção da ligação ferroviária China-Quirguistão-Uzbequistão «estão a ficar maduras» / Global Times

No contexto da crise na Ucrânia, de incertezas crescentes, de grandes turbulências e profundas transformações – tal como foi apontado pelo ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, na reunião da capital uzbeque –, os países da Ásia Central têm enfrentado maiores pressões económicas e desafios ao nível da segurança.

O facto de serem países sem litoral ainda lhes limita mais as capacidades de logística e de transporte, refere o periódico Global Times. É nesse sentido que ganha maior revelo o projecto da linha ferroviária China-Quirguistão-Uzbequistão, que se insere na Iniciativa Cinturão e Rota.

Segundo indica a fonte, num encontro mantido este sábado com Wang Yi, o presidente quirguize, Sadyr Zhaparov, declarou grande interesse na ligação ferroviária e agradeceu à China por enviar técnicos para realizar estudos de viabilidade no terreno.

Por seu lado, Wang, que também sentiu igual interesse por parte das autoridades uzbeques, destacou que as condições para a construção da ligação China-Quirguistão-Uzbequistão «estão a ficar maduras».

Um projecto para o desenvolvimento comum dos países da OCX

O processo de construção da linha ferroviária encontra-se na fase dos estudos de viabilidade, com técnicos chineses já presentes em ambos os países. Em Tashkent, foi ainda abordada a necessidade de melhorar a capacidade da auto-estrada que liga a China ao Quirguistão e ao Uzbequistão, como parte de um projecto que visa potenciar a cooperação por via do transporte combinado rodoviário e ferroviário.

Mapa da Ásia Central / Wikipédia

No que respeita à cooperação entre a China e os países da Ásia Central, o país do Extremo Oriente tem colocado a ênfase no multilateralismo e na cooperação mutuamente benéfica entre estados, sublinham especialistas consultados pelo Global Times este domingo.

Zhang Hong, investigador de Estudos da Europa de Leste na Academia Chinesa de Ciências Sociais, frisou que o projecto ferroviário China-Quirguistão-Uzbequistão representa mais oportunidades e que beneficia todos os estados-membros da OCX, que enfrentam pressões acrescidas por causa das sanções impostas à Rússia.

«No passado, a cooperação da OCX centrava-se mais na segurança», disse Zhang, sublinhando que, hoje, se valoriza o desenvolvimento conjunto e que a cooperação ao nível das infra-estruturas e da energia estão a ser abordadas.

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Neste sentido, sugeriu a dinamização da cooperação no âmbito do projecto Cinturão e Rota, libertando por completo o potencial de áreas como o comércio, a indústria, a energia e o transporte, bem como as oportunidades para colaborar nos campos das finanças, da agricultura, da redução da pobreza, da saúde e da inovação digital.

Entre outros aspectos, Xi propôs ainda manter o apoio inequívoco e a solidariedade perante questões respeitantes à soberania, à independência e à dignidade nacional, e instou os países centro-asiáticos a manter-se firmes face a qualquer tentativa de ingerência externa e a combater com tolerância zero o terrorismo, o separatismo e o extremismo, eliminando juntos qualquer ameaça à segurança regional.

Uzbequistão e China assinam dezenas de acordos e contratos

No âmbito da Cimeira de Xi'an, a China assinou múltiplos contratos com os países da Ásia Central com vista à realização de projectos conjuntos, nomeadamente no Quirguistão, no Tajiquistão e no Uzbequistão.

Segundo revela a Prensa Latina, com base na informação divulgada pelo gabinete presidencial do Uzbequistão, só entre Pequim e Tashkent foram celebrados contratos no valor de 25 mil milhões de dólares.

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Xi'an vai acolher encontro sobre protecção de patrimónios na Ásia

A cidade chinesa de Xi'an será palco de uma conferência que visa promover uma maior cooperação entre as instituições asiáticas dedicadas à conservação, protecção e investigação do património cultural.

Vista da Torre do Sino em Xi'an, província de Shaanxi, Noroeste da China 
Créditos / China Daily

Em declarações ao China Daily, o vice-ministro da Cultura, Li Qun, disse esta quinta-feira que o evento internacional terá lugar no próximo mês de Abril, sendo o primeiro do género realizado de forma presencial desde 2020, e devendo contar com a participação de representantes e académicos de 30 países do continente.

Li disse ao periódico que o encontro servirá também para eleger o secretário-geral, determinar o plano de acção e estabelecer o orçamento da Aliança para o Património Cultural na Ásia, em cuja fundação participam China, Arménia, Camboja, República Popular Democrática da Coreia, Irão, Quirguistão, Paquistão, Síria, Emirados Árabes Unidos e Iémen.

«Enquanto primeiro mecanismo internacional na área do património cultural iniciado pela China, a Aliança é um passo chave para reforçar a cooperação entre os países asiáticos», afirmou o vice-ministro, sublinhando que, juntos, podem fazer mais para proteger o património partilhado da humanidade.

Rede de protecção e restauro no âmbito da Iniciativa Cinturão e Rota

Na última década, graças à Iniciativa Cinturão e Rota, proposta pela China, especialistas do país asiático estiveram envolvidos em projectos de protecção e restauro em 11 locais de interesse patrimonial de seis países do continente, disse Li.

Estes trabalhos incluíram o restauro (acabado em 2019) de Itchan Kala, a parte interior da cidade antiga de Khiva, no Uzbequistão, declarada Património da Humanidade pela Unesco, ou o restauro em curso do templo Thatbyinnyu Phaya, em Bagan, Myanmar.

«Está-se a estabelecer uma rede de cooperação ao abrigo da Iniciativa Cinturão e Rota», frisou o também responsável pela administração do património cultural na China.

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Os acordos incluem projectos para criar um centro biotecnológico e outro logístico multimodal uzbeque-chinês, bem como projectos de fabrico de automóveis e marcas eléctricas e híbridas.

Num encontro à margem da cimeira, o presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, e o seu homólogo Xi Jinping reuniram-se na província chinesa de Shaanxi, para debater as relações bilaterais, questões de cooperação e de investimento em energias alternativas, tendo sido assinados 41 acordos de cooperação entre os dois países.

A este propósito, o investigador Shavkat Alimbekov destacou à Xinhua que «Tashkent e Pequim mantêm uma cooperação de benefício mútuo há muitos anos».

«As relações entre o Uzbequistão e a China atingiram um alto nível» e serão «estáveis a longo prazo», disse, notando que isso «ajudará a promover a estabilidade regional e a integração dos países centro-asiáticos nos sistemas económicos e logísticos a nível mundial».

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