Shavkat Alimbekov, investigador no Instituto Internacional da Ásia Central, disse à agência chinesa que a cimeira celebrada dia 19 na cidade de Xi'an reviu as principais conquistas na cooperação entre os cinco países da região e a China nas últimas três décadas.
Em seu entender, o encontro, que contou com a presença dos chefes de Estado de China, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão, «irá contribuir para aprofundar a confiança estratégica mútua» entre «parceiros estratégicos e «vizinhos amistosos».
«Está-se a tornar cada vez mais "relevante" manter a segurança e a estabilidade regionais, e explorar novas direcções e mecanismos para a cooperação em áreas que incluem a economia, o comércio, a energia, o transporte, a cultura e as humanidades», disse Alimbekov, destacando que, na sequência desta cimeira, será reforçada «a cooperação regional com base no respeito mútuo, a igualdade e o benefício comum».
«Para os países da Ásia Central, as soluções que a China apresenta em termos de investimentos, tecnologia, agricultura, conservação da água, indústria, fabrico de maquinaria, transporte e outros sectores da economia assumem grande importância», assinalou o investigador uzbeque.
Dinamizar a cooperação no contexto da Iniciativa Cinturão e Rota
Durante a Cimeira de Xi'an, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu aos países da Ásia Central que aprofundem os laços de confiança estratégica mútua, de cooperação e amizade, por forma a garantir o desenvolvimento e a segurança na região.
Neste sentido, sugeriu a dinamização da cooperação no âmbito do projecto Cinturão e Rota, libertando por completo o potencial de áreas como o comércio, a indústria, a energia e o transporte, bem como as oportunidades para colaborar nos campos das finanças, da agricultura, da redução da pobreza, da saúde e da inovação digital.
Entre outros aspectos, Xi propôs ainda manter o apoio inequívoco e a solidariedade perante questões respeitantes à soberania, à independência e à dignidade nacional, e instou os países centro-asiáticos a manter-se firmes face a qualquer tentativa de ingerência externa e a combater com tolerância zero o terrorismo, o separatismo e o extremismo, eliminando juntos qualquer ameaça à segurança regional.
Uzbequistão e China assinam dezenas de acordos e contratos
No âmbito da Cimeira de Xi'an, a China assinou múltiplos contratos com os países da Ásia Central com vista à realização de projectos conjuntos, nomeadamente no Quirguistão, no Tajiquistão e no Uzbequistão.
Segundo revela a Prensa Latina, com base na informação divulgada pelo gabinete presidencial do Uzbequistão, só entre Pequim e Tashkent foram celebrados contratos no valor de 25 mil milhões de dólares.
Os acordos incluem projectos para criar um centro biotecnológico e outro logístico multimodal uzbeque-chinês, bem como projectos de fabrico de automóveis e marcas eléctricas e híbridas.
Num encontro à margem da cimeira, o presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, e o seu homólogo Xi Jinping reuniram-se na província chinesa de Shaanxi, para debater as relações bilaterais, questões de cooperação e de investimento em energias alternativas, tendo sido assinados 41 acordos de cooperação entre os dois países.
A este propósito, o investigador Shavkat Alimbekov destacou à Xinhua que «Tashkent e Pequim mantêm uma cooperação de benefício mútuo há muitos anos».
«As relações entre o Uzbequistão e a China atingiram um alto nível» e serão «estáveis a longo prazo», disse, notando que isso «ajudará a promover a estabilidade regional e a integração dos países centro-asiáticos nos sistemas económicos e logísticos a nível mundial».
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