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Casos de cólera no Iémen podem chegar a um milhão no fim do ano

A situação humanitária no país árabe é «catastrófica», com mais de 10 milhões de pessoas atingidas por insegurança alimentar e inúmeras carências. No final deste ano, o número de casos de cólera pode chegar a um milhão, alertou o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen
Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no IémenCréditos / RT

Na quarta-feira, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla inglesa) informou que, de acordo com os dados coligidos até dia 25, a epidemia de cólera que afecta o Iémen já vitimou mais de 2100 pessoas, havendo então registo de 740 mil casos suspeitos de infecção.

Esta sexta-feira, o chefe da delegação no Iémen do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Alexandre Faite, alertou para a possibilidade de o número de pessoas infectadas ser superior a 900 mil no final de 2017.

«O ano passado, as piores estimativas apontavam para 600 mil casos. Agora, as nossas previsões são de que se chege a 900 mil», disse Faite em conferência de imprensa, referindo que o número se aproxima de um milhão e que isso, «numa população de 25 milhões, é catastrófico».

De acordo com os dados da Cruz Vermelha, existem agora 750 mil casos suspeitos de infecção por cólera e, até à data, a epidemia matou 2119 pessoas. «A boa notícia, se é que se pode chamar assim, é que o crescimento exponencial de casos suspeitos de infecção diminuiu e que a taxa de mortalidade também caiu», disse Faite, citado pela TeleSur.

Tal como outras organizações, também a Cruz Vermelha sublinhou o «colapso do sistema de saúde no Iémen», tendo em conta que muitos centros de saúde foram destruídos e que o pessoal médico está sem receber há mais de meio ano.

Guerra de agressão e grave crise humanitária

Desde Março de 2015 que o Iémen é submetido a uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita. Sob a batuta da casa de Saud, uma coligação de países lançou então uma poderosa ofensiva contra o mais pobre dos países do mundo árabe, com ataques aéreos em vários pontos do território.

O objectivo, declarado, é esmagar a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade que se demitiu da presidência e fugiu para a Arábia Saudita, antes de regressar à cidade de Aden, no Sul do país.

De acordo com dados recentes, a guerra de agressão contra o Iémen já provocou mais de 12 mil mortos entre a população civil e está na origem da grave crise humanitária que afecta o país. Em meados de Agosto, representantes das Nações Unidas caracterizaram a situação no Iémen como uma «tripla tragédia», referindo-se à fome, à epidemia de cólera e ao arrastar da guerra, que destruiu grande parte das infra-estruturas do sector da saúde no país e diminuiu, de forma significativa, a sua capacidade para lidar com a epidemia.

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