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|cooperação

Bolívia e Venezuela traçam áreas de colaboração concreta

O ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros definiu como «muito positiva» a visita de 48 horas à Bolívia, sublinhando que a «unidade latino-americana» é «a única forma de derrotar» a Doutrina Monroe.

Yván Gil Pinto (à direita) cumprimenta Luis Arce, presidente da Bolívia 
Yván Gil Pinto (à direita) cumprimenta Luis Arce, presidente da Bolívia Créditos / @LuchoXBolivia

«Para a Comissão Mista [Intergovernamental de Integração] que terá lugar em Abril, delineámos já áreas de trabalho que têm a ver com as questões energética, comercial, económica, de ligação aérea, migratória e consular, social e da ciência e tecnologia», disse o diplomata venezuelano Yván Gil Pinto em declarações à Prensa Latina.

Responsáveis de ambos os países sul-americanos já realizaram 57 reuniões para preparar o encontro da Comissão Mista Bolívia-Venezuela, em Abril, e, durante esta visita oficial, as delegações voltaram a juntar-se para debater a «agenda conjunta», com os olhos postos em 14 potenciais acordos.

A este propósito, Gil Pinto disse que, nos encontros que manteve com o seu homólogo boliviano, Rogelio Mayta, foram identificadas «áreas sensíveis, concretas, onde já existem agentes e responsáveis, as empresas, as instituições», tendo a certeza de que vão chegar a Abril com projectos prometedores para materializar nos próximos anos.

Fazendo um balanço da visita, considerou-a «muito positiva» porque, de forma directa, pôde manifestar «o interesse, o amor, a proximidade que existem entre os povos e os governos do Estado Plurinacional da Bolívia e a República Bolivariana da Venezuela».

«Os presidentes Luis Arce e Nicolás Maduro forjaram não só uma amizade, mas também uma aliança sólida, capaz de apresentar projectos produtivos, económicos, sociais, de relacionamento, que foi o que analisámos nos dois dias de intensa e bem-sucedida visita», frisou.

Unidade latino-americana para derrotar a Doutrina Monroe

A Prensa Latina questionou Yván Gil Pinto sobre as declarações recentes da general norte-americana Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, sobre a Nossa América.

Gil Pinto (à direita) entrevistado pela Prensa Latina / PL

Recorde-se que, ao intervir no Atlantic Council, em Washington, a alta funcionária do Pentágono afirmou que a América Latina interessa aos Estados Unidos como parte da sua segurança nacional, e, referindo-se aos negócios que os países latino-americanos mantêm com a China, deixou claras as ambições de Washington sobre os hidrocarbonetos, os recursos minerais, aquíferos e outros da região.

A este respeito, Gil disse à Prensa Latina que, a 200 anos da Doutrina Monroe, «a única forma de a derrotar é através da unidade latino-americana».

«Somos bolivarianos, e o Libertador alertou então e para todos os tempos que os Estados Unidos parecem destinados pela providência a espalhar a fome e miséria pela Nossa América em nome da liberdade», disse.

«Isso fica agora evidente quando os funcionários norte-americanos do mais alto nível e do modo mais descarado ousam apropriar-se dos recursos naturais e da força de trabalho da nossa região», acrescentou.

O diplomata venezuelano insistiu que a única forma de enfrentar e vencer essas pretensões é através da construção de um mecanismo de solidariedade entre «os nossos países», e um mecanismo de trabalho de verdadeira união latino-americana.

«É nisso que andamos com projectos como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, bem como a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, projectos de integração verdadeira, de união verdadeira», afirmou.

«Temos grandes tarefas também ao nível dos movimentos sociais; não basta aquilo que podem fazer os governos, esta é uma unidade dos povos também, e vimo-lo na cerimónia de solidariedade com a Revolução Bolivariana, que reflectiu a capacidade de que essas forças podem estruturar-se e trabalhar em prol da unidade latino-americana», defendeu o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros.

Gil Pinto chegou na última quinta-feira à Bolívia para uma visita oficial de dois dias, com uma agenda apertada, que tinha como principal objectivo aprofundar os laços de cooperação.

Nesse mesmo dia, foi recebido pelo presidente da República, Luis Arce, e manteve reuniões com o vice-presidente, David Choquehuanca, e o seu homólogo, Rogelio Mayta. Na sexta-feira, reuniu-se com o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, com quem decidiu criar uma Liga de Amizade Parlamentar Bolívia-Venezuela.

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