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|Colômbia

Assassinado dirigente camponês colombiano na região do Catatumbo

De acordo com um representante da Associação Camponesa do Catatumbo, pelo menos 15 agricultores desta região do Nordeste da Colômbia foram assassinados durante o ano de 2018.

Os dirigentes sociais continuam a ser ameaçados e assassinados na Colômbia
Os dirigentes sociais continuam a ser ameaçados e assassinados na ColômbiaCréditosGustau Nacarino / theobjective.com

José Antonio Navas, de 55 anos, foi assassinado ontem na vereda Miramonte, município de Tibú (departamento do Norte de Santander), por homens armados, que o atingiram com diversos disparos, revelou esta sexta-feira a Associação Camponesa do Catatumbo (Ascamcat).

Dirigente da Junta de Acção Comunal da Vereda El Líbano, na região do Catatumbo, Navas estava inscrito no Programa Nacional Integral de Substituição de Cultivos Ilícitos (PNIS), defendia os acordos de paz e apoiava a criação de zonas de reserva camponesa, informou a Ascamcat na sua conta de Twitter.

Jhony Abril, membro desta associação, disse à imprensa que, este ano, pelo menos 15 dirigentes agrícolas na região do Catatumbo foram assassinados, acrescentando que outros dois escaparam ilesos a atentados e que dez receberam ameaças de morte.

Lembrou ainda o assassinato recente de outro dirigente da Ascamcat, Luis Tarazona, que no dia 8 de Novembro foi morto a tiro na zona rural do município de Tibú (departamento do Norte de Santander, junto à fronteira com a Venezuela).

Tarazona foi surpreendido por dois homens armados que seguiam de motorizada. A Organização das Nações Unidas condenou o assassinato, indica a TeleSur.

Consternação e denúncia

Diversas organizações vieram a público lamentar e denunciar o assassinato de José Antonio Navas. Um denominador comum às mensagens é a crítica ao Estado colombiano e ao presidente do país, Iván Duque, que é acusado pela Agencia Prensa Rural de nada fazer para travar «a matança» na Colômbia ou a quem a Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) exige, pela voz de diversos dirigentes, que tome medidas.

Recentemente, a Marcha Patriótica, a Cimeira Agrária, Étnica e Popular e o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) apresentaram uma actualização dos dados que divulgaram em Maio deste ano, no relatório «Todos os Nomes – Todos os Rostos», sobre a situação dos dirigentes sociais, defensores dos direitos humanos e ex-combatentes das FARC-EP e seus familiares.

De acordo com o relatório, em 2016 – ano da assinatura dos acordos de paz – foram assassinados na Colômbia 116 «líderes sociais e defensores dos direitos humanos» e, em 2017, 191. Entre 1 de Janeiro e 17 de Novembro de 2018, foram assassinados 226, informa o relatório. Ou seja, em quase três anos foram assassinados 533 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos na Colômbia.

De acordo com a TeleSur, até hoje, 30 de Novembro, contando com o caso de José Navas, esse número sobe para 539.

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