Com um importante património de intervenção como actriz, nos palcos, na televisão e no cinema, Fernanda Lapa contribuiu para abrir um novo espaço à mulher no teatro – a encenação – dirigindo actores e trabalhando textos de diversos autores.
Em Março de 1995, Fernanda Lapa criou a Escola de Mulheres/Companhia de Teatro, da qual foi directora Artística, um projecto que envolveu, nomeadamente, Isabel Medina, Chucha Carvalheira e Marta Lapa, e que abriu um caminho de intervenção para afrontar o papel de subalternidade a que a mulher tem sido reduzida no panorama teatral e privilegiar a criação e o trabalho feminino no teatro.
Fernanda Lapa fez do teatro e da cultura uma bandeira de intervenção cívica e política. A actriz assumiu uma intensa actividade em defesa dos direitos das mulheres, tendo sido durante décadas membro do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres (MDM). Enquanto militante comunista, Fernanda Lapa deu também um importante contributo em defesa dos trabalhadores da cultura e pela «concretização do sonho e do projecto de concretizar em Portugal o direito à criação e fruição da Cultura e das Artes em igualdade para todos», conforme a Constituição da República.
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