Com tradução de Eugénio de Andrade e encenação de Maria João Luís, o trabalho do Teatro da Terra transporta para a contemporaneidade os temas universais e intemporais do amor e da traição.
Nesta obra grotesca, uma farsa que termina em tragédia, como a apelidou García Lorca, Dom Perlimplim, homem de meia idade, abastado, mas inexperiente nos negócios do amor, deixa-se convencer pela sua criada a casar com uma jovem muito mais nova, sua vizinha. Belisa é manipulada para alinhar num casamento de conveniência pela sua mãe, cuja única preocupação é assegurar estabilidade económica.
«O velho e a jovem sensual, infantil e facilmente manipulável, são antes de mais um jogo de contraste, repetido na relação de Dom Perlimplim com a sua criada, para acentuar a comicidade das cenas iniciais, ampliadas ainda pela reprodução da imagem estereotipada da mãe de Belisa», acrescenta-se na sinopse.
Dom Perlimplim «não acredita no futuro da sua relação com a mulher e, desiludido, dispõe-se a morrer por ela, revelando ser ele o amante anónimo por quem Belisa se apaixonou, para grande infortúnio desta».
O trabalho, que sobe ao palco do Fórum Cultural do Seixal até ao próximo sábado, foi recentemente anunciado no cartaz da Festa do Avante!, que se realiza de 1 a 3 de Setembro.
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