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Olhar de Graça Morais sobre Cabo Verde em exposição

As lembranças que a pintora portuguesa Graça Morais trouxe de Cabo Verde há 30 anos marcam a nova temporada no Centro de Arte Contemporânea de Bragança, numa nova exposição para visitar até Junho.

Em 2017, Graça Morais levou as suas «Marias», descritas como «pietás do século XXI» e desenhadas como mulheres-gafanhoto, mulheres-carneiro e mulheres-tigre, à Gulbenkian de Paris, numa exposição concebida a partir da sua ligação com a literatura
Em 2017, Graça Morais levou as suas «Marias», descritas como «pietás do século XXI» e desenhadas como mulheres-gafanhoto, mulheres-carneiro e mulheres-tigre, à Gulbenkian de Paris, numa exposição concebida a partir da sua ligação com a literaturaCréditosCarina Branco / Agência Lusa

A abertura da exposição, ontem, coincidiu com a homenagem ao país africano de língua portuguesa, no Dia do Instituto Politécnico de Bragança, que tem, entre a comunidade académica, 700 estudantes cabo-verdianos, e atribuiu Medalhas de Honra ao povo de Cabo Verde e à pintora transmontana.

Graça Morais ficou «primeiro surpreendida e depois muito contente» pela distinção e por coincidir com a homenagem ao povo cabo-verdiano, de quem tem «as melhores lembranças» que ficaram da residência artística que por lá fez nos anos de 1988/1989, a convite do embaixador de Portugal.

De obras que concebeu naquela época e outras é feita a exposição, patente em Bragança, com a pintora a prometer «boas surpresas com coisas muito interessantes que não eram expostas há 30 anos» e um «núcleo que só poderá ser visto» em Bragança.

Além dos desenhos e de obras feitas anteriormente, Graça Morais lembrou-se de que tinha trazido, da passagem por Cabo Verde, brinquedos de barro, de pano, de lata, «porque as crianças tinham uma imaginação extraordinária e faziam as suas camionetas com latas», naquela época.

São elementos que fazem parte da exposição e que Graça Morais adquiriu aos autores em troca de carros a pilhas para eles brincarem, que enviou àquelas crianças quando regressou a Portugal.

«Eu acho que é uma exposição muito ligada aos afectos e, ao mesmo tempo, como pintora, eu sinto-me muito vaidosa daquelas obras», declarou.

A pintora revelou que, nas obras expostas, «não existe mar». Esteve nas ilhas, mas olhou, sobretudo para as montanhas e para as pessoas.

«São, sobretudo retratos, são mulheres, algumas crianças e, ao mesmo tempo, pela exposição, podem ir lendo excertos de um diário que eu fiz quando lá estive e, com essas palavras, acho que entendem melhor o que é a solidão e a procura e o encontro com um povo que é muito especial», explicou.


Com Agência Lusa

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