O espectáculo, que estreou em Maio último, reúne quatro peças do dramaturgo inglês Harold Pinter (1930-2008), escritas em momentos distintos da carreira do autor: A Black and White (1959), Língua da Montanha (1988), A Nova Ordem Mundial (1991) e Cinza às Cinzas (1996).
A Escola da Noite revela num comunicado que, «sem referências explícitas a tempos e lugares e assentes nos notáveis diálogos que marcam a obra de Pinter», os textos seleccionados «visitam cenários de pobreza, de tortura, de humilhações, de desamparo dos mais fracos perante várias formas de agressão com as quais todas as sociedades convivem».
Duas idosas que se abrigam da cidade grande na leitaria onde diariamente comem a sua sopa e se entretêm a ver passar os autocarros; a mãe e a mulher que visitam os seus familiares na prisão política; a conversa dos interrogadores frente ao interrogado que os escuta de olhos vendados e a conversa doméstica de um casal de meia-idade que desvenda memórias (reais ou imaginárias) do horror inominável são os quatro pontos de partida para a primeira incursão d'A Escola da Noite no universo de Harold Pinter.
Com espaço cénico de Ana Rosa Assunção, Jorge Ribeiro e Rogério de Carvalho, figurinos e adereços de Ana Rosa Assunção, desenho de luz de Jorge Ribeiro e sonoplastia de Rogério de Carvalho e Zé Diogo, o espectáculo conta com as interpretações de Igor Lebreaud, Maria João Robalo, Miguel Magalhães, Ricardo Kalash e Sofia Lobo.
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