Armando Caldas estreou-se como actor profissional em O Mentiroso de Goldoni, na Companhia Teatro de Sempre, que Gino Saviotti dirigiu no Teatro Avenida, na época de 1958/59, tendo na temporada seguinte integrado o elenco do Teatro Nacional Popular, de Ribeirinho, no Teatro da Trindade.
Ao longo da sua carreira, Armando Caldas fundou, participou ou dirigiu outros grupos de teatro como o Teatro Moderno de Lisboa (o primeiro grupo de teatro independente em Portugal) e o 1.º Acto – Clube de Teatro, ainda antes da Revolução dos Cravos, e posteriormente A Barraca e o Intervalo – Grupo de Teatro, que actua no Teatro Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha, e do qual foi director artístico e encenador.
Militante comunista, durante a ditadura também não escapou às malhas da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), que vigiava os seus espectáculos e cortava partes significativas dos textos a representar.
Uma nota divulgada pelo Museu do Teatro em 2008, por altura da homenagem aos 50 anos de carreira de Armando Caldas, atestava que o actor e encenador «dedicou toda a sua vida à promoção e divulgação de um Teatro política e socialmente interveniente».
O velório decorre desde as 16h40 desta quarta-feira, nas Capelas Mortuárias dos Jerónimos. O funeral realiza-se amanhã, dia 14, a partir das 15h30, em direcção ao Crematório de Barcarena.
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