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Morreu Cunha Telles, homem do Cinema Novo português

O produtor e realizador António da Cunha Telles, responsável por trazer a Portugal obras de Serguei Eisenstein e de outros clássicos, morreu esta quarta-feira, aos 87 anos. 

Créditos / Colorize Media

É um dos nomes indissociáveis do Cinema Novo português, com filmes como Os verdes anos (1963), de Paulo Rocha, protagonizado por  Isabel Ruth e Rui Gomes, com música de Carlos Paredes, e Belarmino (1964), de Fernando Lopes.

Em 1970, António Cohen da Cunha Telles, natural do Funchal, realiza a sua primeira longa-metragem. O Cerco, uma das obras marcantes do Cinema Novo, que retrata um drama vivido na alta burguesia lisboeta, foi um sucesso a nível internacional, tendo sido seleccionado para a Semana da Crítica do Festival de Cannes desse ano. Seis anos mais tarde realiza o documentário Continuar a Viver ou os Índios da Meia Praia, sobre o programa SAAL, Serviço de Apoio Ambulatório Local

Como recorda o filmSPOT, pouco antes do 25 de Abril funda a distribuidora de cinema Animatógrafo, responsável por trazer a Portugal clássicos de nomes incontornáveis como Serguei Eisenstein, Jean Renoir ou Jean Vigo, e autores das novas cinematografias mundiais como Nagisa Oshima, Glauber Rocha e Alain Tanner, Andy Warhol, Jean-Luc Godard, François Truffaut e Bernardo Bertolucci. Cunha Telles foi também produtor associado em filmes como Angústia (1964), de François Truffaut. 

Balada da Praia dos Cães (1986), de José Fonseca e Costa, O Fio do Horizonte (1993), de Fernando Lopes, e Aqui na Terra (1993), de João Botelho, são outras produções de António Cunha Telles, que deixa um filme por estrear – Cherchez la femme, a partir de um texto literário de Mário de Sá-Carneiro.

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