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Democracia, liberdade e igualdade marcam Festival de Teatro do Seixal

A 39.ª edição do Festival de Teatro do Seixal decorre de 11 de Novembro a 3 de Dezembro e a entrada é gratuita para todos os espectáculos. O Teatro da Terra fará a abertura com A Maluquinha de Arroios.

Cena de «A Pulga atrás da orelha» (1907), comédia do dramaturgo francês George Feydeau (1862-1921). A peça tem encenação de Maria João Luís é interpretada pelo Teatro da Terra
CréditosLuana Santos / Teatro da Terra

Na edição de 2022, que vai passar por todas as freguesias do concelho, a apresentação da «melhor arte dramática para diferentes idades» alia-se à reflexão sobre temas e questões como a democracia, a liberdade e a igualdade, refere a Câmara Municipal do Seixal num comunicado.

O Teatro da Terra, companhia sediada no Seixal, abre o festival, esta sexta-feira, com a apresentação da comédia A Maluquinha de Arroios, de André Brun, encenada por Maria João Luís, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, pelas 21h30.

No sábado será a vez da companhia Teatro Bravo apresentar a peça Magdalena no Cinema S. Vicente, seguindo-se, no dia 13, a companhia Mente de Cão com Todas as Coisas Extraordinárias, no Ginásio Clube de Corroios, trabalho que aborda as questões da depressão e do suicídio.

No dia 19 de Novembro, a companhia seixalense O Grito estreia A Serpente e a Pítia no Clube Recreativo da Cruz de Pau. Também oriundo do Seixal, o grupo de teatro Pé de Palco levará à Sociedade Musical 5 de Outubro, na Aldeia de Paio Pires, O Sorteio do Presidente. O trabalho será apresentado no dia 1 de Dezembro e pretende «denunciar o flagelo das notícias falsas que populam nos meios de comunicação social».

A 2 de Dezembro, Os Possessos apresentam Maratona de Manifestos na Sociedade Filarmónica Operária Amorense. Inspirado no trabalho curatorial de Hans Ulrich Obrist, o projecto foi desenvolvido «a partir de manifestos políticos» posteriores a 2000, que abordam «questões do género, da igualdade […], da defesa do ambiente, da descolonização da arte e do pensamento, da exploração económica e do neoliberalismo».

A peça Os Filhos do Mal, do Hotel Europa, encerra o festival a 3 de Dezembro, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal. Criação de André Amálio, com Tereza Havlícková, Os Filhos do Mal investiga a relação e as memórias que as gerações posteriores ao 25 de Abril têm da ditadura. 

Antiprincesas, projecto criado por Cláudia Gaiolas, a partir da coleção homónima editada pela Tinta da China e a EGEAC, é a proposta do festival para os mais novos, com as peças dedicadas à pintora Frida Kahlo, que estará no Auditório Municipal Miratejo, no dia 20, e a Beatriz Ângelo, a primeira mulher a votar em Portugal, em 1911, para ver na Associação de Moradores dos Redondos, a 27 de novembro.

A par dos 11 espectáculos que serão exibidos ao público de forma gratuita, «de forma a que a cultura seja efectivamente para todos», o programa da 39.ª edição do Festival do Seixal engloba várias actividades, como um workshop de expressão dramática, no Cinema S. Vicente (dias 26 de Novembro e 3 de Dezembro), e a apresentação da revista Women On Scene – Mulheres no Teatro e na Performance, no próximo dia, pelas 16h, no foyer do Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.

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