No dia 25 de Maio de 1974, um mês após a Revolução dos Cravos, a Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos realizou um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, com a participação do compositor e resistente antifascista Fernando Lopes-Graça, acompanhado pelo Coro da Academia de Amadores de Música.
«A dimensão cívica da sua existência – dando corpo ao ideário de liberdade que unia Maestro e Coro – assumiu, nessa esfera cívica, as razões da sua longeva existência, razões que se mantêm e revigoram neste momento em que celebramos o 50.º aniversário daquela que se considera ser "a madrugada mais bela da história portuguesa"», afirma a Associação Lopes-Graça.
Amanhã, também 25 de Maio, o Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música vai celebrar o primeiro concerto em liberdade n'A Voz do Operário, pelas 17h, com Canções Heróicas – 50 Anos em Liberdade, onde o maestro José Robert é convidado especial.
Ao Coro Lopes-Graça, dirigido por Alexandre Weffort, com Leonor Cardoso no piano, junta-se o Coral de Letras da Universidade do Porto, com direcção de Pedro Marques e com Fausto Neves ao piano.
Fundado em 1946 por Fernando Lopes-Graça, o Coro esteve inicialmente ligado ao Movimento de Unidade Democrática (MUD). Em 1950 foi incorporado na Academia de Amadores de Música, tendo dois anos mais tarde adoptado o nome de Coro da Academia de Amadores de Música. O Coro foi dirigido pelo seu fundador até 1988, passando nessa altura a contar com a direcção de José Robert, que foi, até então e desde 1974, maestro-adjunto de Fernando Lopes-Graça.
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