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|solidariedade

Acossados por defender Cuba, os Buena Fe também recebem grande apoio em Espanha

Um abraço solidário tem envolvido, nos últimos dias, o grupo musical cubano Buena Fe, que se viu forçado a interromper um giro por Espanha devido a ameaças e censura.

Duo cubano Buena Fe 
Duo cubano Buena Fe Créditos / operamundi.uol.com.br

Na sequência das situações que os cantores cubanos Israel Rojas e Yoel Martínez tiveram de enfrentar, José Manzaneda, coordenador do portal cubainformación.tv, pôs a circular um manifesto, para explicar os factos e dar início a uma campanha de recolha de assinaturas que expressem apoio a ambos.

No documento, intitulado «Cuando defender a Cuba genera odio, amenazas y censura», explica-se que, no passado dia 13 de Maio, o duo Buena Fe actuou em Bilbau, no decorrer de uma jornada de solidariedade com Cuba, e Israel Rojas abordou a situação que a Ilha vive, o bloqueio imposto pelos EUA e a guerra cultural movida contra o país.

«Também falou do capital ético da intelectualidade cubana e de como resistiu às agressões, chantagens e ameaças provenientes de Miami», lê-se no texto.

A presença dos Buena Fue na capital biscainha integrava-se num giro por Espanha e pela Europa, «destinada a desfrutar da música e da cultura cubana».

Cancelamento de concertos em Salamanca e Zamora, tentativa de boicote em Madrid

«Mas parece que isso não se permite se os artistas defendem a soberania e a revolução do seu país», denuncia o texto, destacando em seguida que, nos seus perfis das redes sociais, o duo anunciou o cancelamento de dois concertos programados (em Salamanca e Zamora), «devido ao acosso e a ameaças fascistas contra os espaços onde os concertos iam ter lugar».

Concerto dos Buena Fe em Bilbau, a 13 de Maio de 2023 / cubainformacion.tv

«Com o pretexto da democracia, estamos a assistir no Estado espanhol à censura e perseguição de artistas apenas pelo crime de vir de Cuba e defender Cuba», afirma o manifesto.

A declaração também se refere ao facto de em Madrid, no passado dia 12, ter havido uma tentativa de assalto e boicote ao concerto dos Buena Fe, protagonizada por emigrantes cubanos actualmente ligados a organizações de extrema-direita, como Vox.

«Felizmente, uma vez mais, o público que tinha vindo para participar num encontro de fraternidade, cultura, música e solidariedade uniu-se em torno dos Buena Fe, com mostras de afecto e aplausos que se alhearam de quem viera para espalhar ódio», diz a nota.

«É triste, mas cada vez mais comum em território espanhol, que quem se autodenomina defensor da liberdade e dos direitos humanos recorra à violência e ao fascismo para amedrontar os que simplesmente desejam expressar-se através da arte e da música», lamenta.

«Por lo visto los acosadores de Buena Fe no se molestan en escuchar sus canciones»

O texto lembra que «o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba é uma grave violação dos direitos humanos, afectando directamente a vida quotidiana do povo cubano», e considera lamentável que «certos grupos contra-revolucionários utilizem tácticas fascistas para tentar silenciar artistas e limitar a liberdade de expressão».

Como afirmou o cantautor Silvio Rodríguez, «por lo visto los acosadores de Buena Fe no se molestan en escuchar sus canciones. ¿Será que no les conviene conocer las preguntas indóciles que el dúo lanza al aire, tema tras tema, AQUÍ, en suelo cubano?».

«¿Será que algunos hacen uso de un respetable derecho a irse pero no pueden soportar a los que se queden a luchar por un país mejor? ¿Será por vergüenza de ellos mismos los que piden invasiones y bloqueos contra su propio pueblo? Insoportable para algunos el ejemplo moral de Buena Fe. Es comprensible», diz o manifesto, citando Rodríguez.

Entre os signatários do documento, com mais de 1230 assinaturas até ao momento, contam-se o intelectual hispano-francês Ignacio Ramonet; o Prémio Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel; o teólogo brasileiro Frei Betto; Manu Pineda, deputado espanhol ao Parlamento Europeu; Nora Cortiñas, das Mães da Praça de Maio; Enrique Santiago, secretário-geral do PCE; o jornalista argentino Carlos Aznárez; o escritor Carlo Frabetti; o actor Guillermo Toledo; assim como outros jornalistas, académicos, sindicalistas e deputados.

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