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|Luís de Camões

500 anos de Camões na Festa do «Avante!»

A estreia absoluta de Amor é fogo que arde sem se ver, pel'A Barraca, e debates sobre a obra e o lugar do poeta na Escola de Abril são algumas das propostas da Festa do Avante!, que arranca esta sexta-feira. 

Créditos / A Barraca

O espectáculo de Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra, onde participa o elenco d'A Barraca, conta a viagem «do navegador da Língua Portuguesa, transportando memórias de amores e desamores, muitas perdas e muitos maus-tratos e prisões operados em sigilosos conluios por muitos inimigos seus contemporâneos». Assim descreve A Barraca o trabalho sobre o poeta do povo, que se estreia esta sexta-feira, pelas 21h30, no Avanteatro.

Hélder Mateus da Costa defende que, sendo «um testemunho vivo do intelectual moderno e progressista» na linha de Erasmo e Thomas More, seus contemporâneos, era necessário fazer uma «operação de limpeza ao nosso Camões e mostrá-lo em toda a sua grandeza e independência».

«Tempo de disputas, glórias e intrigas, os perigos da inquisição ameaçaram sempre um dos homens mais livres do seu tempo e sem dúvida o seu maior poeta», recorda Maria do Céu Guerra. 

Depois de aventuras e desventuras que lhe vão acontecendo na sua pátria vai de viagem na rota de Gama. E consigo leva a Língua Portuguesa, ainda em construção. No regresso a casa, acrescenta, o poeta é apoiado pelo escravo Jau. «Leva-o para casa, dá-lhe de comer, ajuda-o a subir a escada. No caminho cruzaram-se com a mãe do poeta, que desanimada com o tratamento da corte numa bela cena que cita Sophia de Mello Breyner, reclama do atraso da tença, que os obriga a viver de esmolas…», descreve a actriz e encenadora. 

No domingo, 8, a multipremiada fadista Lina apresenta «Fado Camões», seu último álbum, no Auditório 1.º de Maio, pelas 20h. «Lina abordou a poesia de Camões, afirmando-se como compositora em algumas canções, mas aproveitando também composições anteriores para versos do maior poeta português, de que são exemplo alguns fados de Alfredo Marceneiro», lê-se no programa.

A artista trabalhou para «Fado Camões» com Justin Adams, prestigiado músico e produtor britânico cujo currículo inclui um estreito trabalho com o lendário Robert Plant (Led Zeppelin).

O poeta do povo ainda tem lugar na escola pública?

Além das artes do palco, nesta edição da Festa do Avante!, que celebra também os 50 anos da Revolução de Abril, será possível saber mais sobre a obra de Luís Vaz de Camões num debate a ter lugar no sábado, dia 7, pelas 18h30, no auditório da Festa do Livro. «Escrita em luta – 500 anos de Luís de Camões» dá o mote à conversa sobre a obra do poeta, a partir do livro Os Lusíadas – Antologia Temática e Texto Crítico, de António Borges Coelho, e da revista Vértice, com Carina Infante do Carmo, Hélio Alves e José António Gomes. 

Também no sábado, mas às 12h, a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) questiona: «500 anos depois, Camões ainda tem espaço na Escola de Abril?». O debate decorre na Cidade da Juventude, mas há outro a seguir no Espaço Central, pelas 15h, com a participação do poeta, professor, ensaísta e ficcionista António Carlos Cortez. 

A 48.ª Festa do Avante! realiza-se nos dias 6, 7 e 8 de Setembro, na Quinta da Atalaia (Amora), Seixal. 

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