Fala dos erros, de uma dívida pública que não está resolvida, mas apenas suspensa devido às políticas do Banco Central Europeu... Certo!
Mas, descrevendo a doença, mais uma vez, revela que ainda não se deu conta que o Euro é um factor objectivo de desunião, que coloca Estados em oposição, que mina a solidariedade e alimenta os egoísmos nacionais. Ainda não reparou que desde a entrada em circulação do Euro – 2002 – o crescimento médio do nosso país até aos dias de hoje é praticamente nulo.
Ainda não se deu conta de que foi o alinhamento da social-democracia e do seu PS com o neoliberalismo – privatizações, desregulamentações, políticas ditas de austeridade, desresponsabilização do Estado na saúde, no ensino..., participação no bloco central dos negócios e das negociatas – que tem aberto o campo ao que chama de populismos.
Afirma que o PCP é nacionalista. Não, Dr. Jorge Sampaio, o PCP é um partido patriótico, que é bem diferente, e por o ser é que combate a submissão do nosso país ao directório das grandes potências que comandam esta sua «Europa de estimação», que não respeita a vontade popular, que não aceita o resultado de referendos de pequenos países, mas que faz acordos secretos com os grandes e que faz da chantagem uma arma permanente.
E, por que é patriótico e profundamente internacionalista não aceita, condena e condenou os bombardeamentos da Jugoslávia – no seu mandato –, a invasão do Iraque, a destruição da Líbia, o apoio às forças do «Estado Islâmico na Síria», os bons terroristas, o apoio às forças fascistas na Ucrânia, o alinhamento cego com os Estados Unidos da América nas sanções contra a Rússia e não só... Condenar o terrorismo com coerência é também condenar o terrorismo de Estado.
Lutar contra as práticas neocolonialistas na União Europeia, defender um país soberano e independente aberto ao mundo, solidário com o combate dos povos pela sua emancipação, justiça social e pela democracia em todas as suas vertentes é o que faz do PCP um grande partido da Democracia, patriótico e internacionalista.
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