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|luta de classes

«Censura, arrogância e prepotência» da administração da EDP

Desde o último plenário que a EDP impõe «um controlo patronal nunca visto sobre os meios e canais de comunicação» na empresa. EDP propõe aumento de 15% para a administração e de 3%, abaixo da inflação, para os salários baixos dos trabalhadores.

Greve dos trabalhadores do Grupo EDP, com manifestação à porta da sede da empresa, em Lisboa. 24 de Janeiro de 2024 
Greve dos trabalhadores do Grupo EDP, com manifestação à porta da sede da empresa, em Lisboa. 24 de Janeiro de 2024 Créditos / Fiequimetal

Muitos comentários de trabalhadores nas plataformas de comunicação usuais da EDP estão «a ser apagados», denunciam os sindicatos representativos na empresa. O objectivo, refere nota da Comissão Intersindical da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) é impedir que a empresa fosse sujeita a «escrutínio e opinião sobre as vergonhosas propostas patronais, anunciadas sem acordo e declarando o fim da negociação».

A administração bloqueou «a utilização dos meios de comunicação internos» por parte dos sindicatos, impedindo o acesso de todos os trabalhadores à informação necessária para participarem no plenário que se realizou ontem, 25 de Março, por videoconferência.

Após a greve total, realizada no dia 8 de Março, a administração convocou nova reunião negocial com a Fiequimetal para o dia 13. Seria de esperar «que a administração da EDP mostrasse sentido de responsabilidade, para evitar a agudização do conflito», depois de uma grande jornada de luta na empresa. Não foi o caso. O patronato «exibiu uma postura antinegocial, de prepotência e arrogância», aproveitando a ocasião para encerrar, unilateralmente, as discussões.

A EDP continua a fugir da carta reivindicativa definida pelos trabalhadores e não aceitou nenhuma sugestão dos sindicatos, limitando-se a aplicar um aumento de 3%, com um mínimo de 60 euros, «o que fica muito aquém do reivindicado» e das possibilidades de uma empresa que recorre frequentemente a artimanhas para não contratar os trabalhadores de que precisa (recorrendo à subcontratação) e que, em 2023, registou lucros históricos de mais de mil milhões de euros.

Este aumento não chega a representar 1% do total dos lucros alcançados pela empresa em 2023. «Não se pode aceitar que a mais-valia criada não seja visível na melhoria das condições de trabalho e vida dos trabalhadores», afirma a Fiequimetal, ainda para mais quando já é conhecida «a proposta de aumentos de 15% para a remuneração dos membros da Administração e do Conselho Geral e de Supervisão».

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