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Paz sim! Guerra não!

A cantiga é uma arma poderosa nessa luta pela Paz. Mas o combate pela mudança de políticas deve ser travado nas ruas e em todos os lugares onde uma política de paz, cooperação, verdadeira fraternidade e não ingerência possa finalmente um dia conquistar o devido e necessário lugar na política internacional.

Créditos / pazsimnatonao.pt

Talvez não seja este o melhor momento para falar de paz, quando a repetição das imagens de mais um atentado na Europa volta a criar nas comunidades a frustração e impotência perante a barbaridade. Mas percebermos que, chegados a este ponto, ainda continuamos a lutar pelo mais essencial à vida, deve-nos fazer acordar para a necessidade de lutarmos verdadeiramente pela Paz, porque ela é a raíz de tudo o que nos diz respeito.

A família, o lazer, a cultura, o trabalho, a criação, a felicidade, ainda resplandecem por momentos e apesar de tudo perante a fome e a guerra, claro, somos ainda capazes até de sonhar. Mas não podemos, ninguém pode, ser livre sem viver em Paz.

Se a dor que partilhamos em cada ataque terrorista se puder traduzir numa necessária mudança, será quando os povos do mundo tomarem consciência de que são eles, todas as populações de qualquer país, da Síria a Manchester, da Palestina, do Iraque, da Líbia, ou do Afeganistão, a Paris ou à Venezuela, são todas as massas do mundo, as principais vítimas de guerras orquestradas à porta fechada, pelos interesses do grupo do 1% de poderosos oligarcas que entre si acumulam a riqueza de metade de toda a população mundial.

É por isso fundamental que a actual revolta genuína de todas as populações arranque do poder os interesses dominantes que, através da NATO e de políticas servis dos interesses dos EUA e das grandes potências, espalham em todo o mundo as armas, a guerra e a ingerência externa como forma de rapina destes sinistros impérios do século XXI.

A cantiga é uma arma poderosa nessa luta pela Paz. Mas o combate pela mudança de políticas deve ser travado nas ruas e em todos os lugares onde uma política de paz, cooperação, verdadeira fraternidade e não ingerência possa finalmente um dia conquistar o devido e necessário lugar na política internacional, o que apesar de todos os gritos e protestos, parece ainda hoje uma realidade distante.

Nas vésperas de mais uma cimeira belicista promovida pela NATO, trazemos ao AbrilAbril um desfile de músicas para que o combate pela Paz se faça lado a lado com a luta pelos direitos e soberania dos povos. Masters of War, o original de Bob Dylan, ganha aqui toda uma nova geografia  plantada no som da guitarra blues de Pops Staples, enquanto os versos ainda profundamente actuais, nos golpeiam entre os coros sombrios das suas filhas. Uma versão primordial dos Staples Singers.

Curtis Mayfield, é uma lenda da Soul que para sempre ficará como uma referência do amor que a música pode partilhar pelo seu povo e pela paz. Miss Black America é um desses exemplos, assim como este We gotta have Peace, aqui numa gravação ao vivo em estúdio, de 1974, onde com toda a delicadeza do groove, Curtis espalha a mensagem da Paz num falsetto cuja firmeza inabalável perdura como se de um grito se tratasse, «We gotta Have Peace»!

De 1968, em plena guerra do Vietname, esta peça de funk consciente é uma pérola para os que procuram no passado matéria e estímulo para dançar e reinventar os dias de hoje. Da Costa ocidental dos EUA, Woody Carr traz-nos o auto-explicativo Peace Dance para que ninguém fique indiferente perante a necessidade de parar, pensar e agir enquanto se dança.

Sharon Jones, o furacão da Soul que toda a vida teve de lutar para conquistar o merecidíssimo titulo de rainha do Funk, desapareceu no final de 2016 e deixou um legado essencial para o revivalismo da clássica música americana da escola de James Brown.

Mas o envolvimento na comunidade e a dureza da vida fizeram de Sharon Jones uma mensageira de canções de perfil político como a sua versão de This Land Is Your Land, de Woody Guthrie, People Don't Get What they Deserve ou este hino anti-guerra What if We All Stop Paying Taxes.  

Das ruas de Londres, Benjamin Zephania, o filho de emigrantes jamaicanos que se tornou uma das vozes mais importantes da literatura do Reino Unido, lança neste Rong Radio o laudo acusatório para os maiores cúmplíces nos crimes da guerra de rapina em todo o Mundo.

Afinal, a primeira vítima das guerras não cai às mãos dos soldados filhos das classes baixas dos bairros pobres do globo, mas antes é assassinada pelos grandes empresários e administradores dos meios de comunicação dominante, que espalham as mistificações dos centros de manipulação ao serviço dos senhores da guerra, criando uma informação de sentido único de apoio às políticas de ingerência externa, de desestabilização e de justificação da guerra.

Rong Radio é um poema dub que apela ao despertar da consciência para o outro lado da informação, onde também as crianças da Palestina e da Síria passem a contar, além dos jovens brancos e europeus.

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