As acções de luta não param nas fábricas de Almeirim e Pombal da Sumol+Compal, uma empresa portuguesa criada em 2009 pela fusão das históricas marcas Sumol e Compal. Para além de liderar o mercado de bebidas não-alcoólicas em Portugal, a empresa começa a destacar-se como campeã no ataque à dignididade de quem trabalha, considera o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar e Bebidas (STIAC/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
Desde o início do ano, os trabalhadores da Sumol+Compal têm recorrido a greves e protestos pela negociação de um conjunto muito alargado de reivindicações, que vão da exigência de melhores condições de trabalho à denuncia de abusos cometidos frequentemente pela administração da empresa. O STIAC destaca o uso sistemático de «processos disciplinares» para facilitar os despedimentos na Sumol+Compal e a inexistência de «paridade salarial» entre trabalhadores que exercem as mesmas funções.
Os trabalhadores querem forçar a empresa, de uma vez por todas, a negociar o seu caderno reivindicativo e a firmar um Acordo de Empresa que concretize «aumentos salariais sem discriminação; 25 dias de férias; actualização do subsídio de refeição para os 9,20 euros, do subsídio de turno e do valor das horas noturnas; e a actualização das carreiras e categorias profissionais».
A Sumol+Compal não se pode continuar a escudar na existência de um «subsídio de harmonização» para «não aumentar os salários», ainda para mais quando a empresa acabar de anunciar lucros de 14 milhões em 2024, ano de vendas recorde. Nos dias 12 e 13 de Agosto, os trabalhadores da unidade de produção de Almeirim vão estar em greve, na luta pelos seus «direitos», pelo «respeito e a dignidade» que fala à empresa e «por melhores condições de trabalho».
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