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Trabalhadores bascos disseram «luta» e Arcelor Mittal recuou

Confrontados com a intenção da multinacional de destruir 40 postos de trabalho, os trabalhadores anunciaram uma greve por tempo indeterminado, levando a empresa a recuar.

Trabalhadores da Arcelor Mittal em luta contra os despedimentos CréditosPatxi Cascante / Noticias de Navarra

O anúncio da greve, a partir de dia 1 de Julho, foi revelado pelo sindicato ELA no passado dia 25 de Junho.

Dois dias antes havia terminado, sem acordo, o período legal de negociações, depois de, em Abril, a administração da Arcelor Mittal ter comunicado a intenção de despedir 40 trabalhadores em Legasa (Navarra) e Agurain (Álava), no País Basco.

Na véspera da greve, a empresa recuou, tendo comunicado ao sindicato que não avançava nem com o despedimento colectivo, nem com o encerramento das instalações que detém em Legasa, a que também se propunha.

Neste sentido, o ELA destaca a vitória dos trabalhadores afirmando que «a luta sindical deu os seus frutos» na empresa siderúrgica.

Declara ainda, no seu portal, que «ao longo de todo o processo foi evidente que a empresa foi incapaz de justificar os motivos» das medidas com que pretendia avançar.

A multinacional não foi capaz de apresentar documentos que explicassem «as suas intenções e a necessidade deste expediente», afirma a organização sindical, sublinhando «as incoerências» de todo o processo.

A paralisação que ia ser iniciada hoje – aprovada por unanimidade em plenários realizados nas unidades de Legasa e Agurain – visava expressar «o repúdio» dos trabalhadores pelas medidas anunciadas pela empresa, bem como fazer com que esta aceitasse «iniciar negociações com vista a encontrar soluções alternativas».

O ELA, que sempre destacou a existência de soluções para impedir o despedimento colectivo, denuncia que, ao longo do processo negocial, «propôs diversas alternativas», mas que, «desde o início, a administração demonstrou a sua falta de vontade para ouvir a representação sindical».

Também deixou claro que iria tomar as medidas de pressão que fossem necessárias para que «o custo das decisões empresariais não caísse sobre os trabalhadores».

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