Desta vez, a somar aos sucessivos adiamentos, o Ministério da Administração Interna (MAI) decidiu a passagem integral dos inspectores do SEF para a PJ, contrariando declarações anteriores do ministro que apontavam para a possibilidade de os inspectores poderem escolher a força de segurança para onde ir.
Ao longo de todo este processo de extinção, que se iniciou em 2020, o Governo tem, por um lado, passado para os trabalhadores do SEF uma ideia de instabilidade, o que tem contribuído para a saída prematura de inspectores e a consequente fragilização do efectivo. Por outro, a alocação de meios humanos dos dispositivos da PSP e GNR ao controlo de fronteiras criou problemas a estas forças.
Entretanto, em relação ao controlo de fronteiras, perspectivam-se dois cenários: os trabalhadores do SEF continuarem a desempenhar as mesmas funções, lado a lado com a GNR e a PSP que deverão assumir a responsabilidade das fronteiras; transferir paulatinamente estas competências para as referidas forças de segurança e integrando os quadros da PJ noutras funções.
O que deveria ter acontecido, sem precipitações e de forma planeada, não era a extinção do SEF, mas a separação entre as suas funções administrativas e policiais. Desta forma, ter-se-ia evitado a extinção de um serviço especializado e o aumento da instabilidade numa área tão sensível.
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