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Os ecos da manifestação dos polícias

Continuam a fazer-se sentir os ecos da manifestação dos profissionais da PSP e da GNR e a participação e o apoio do Movimento Zero.

CréditosAntónio Pedro Santos / Agência Lusa

Desta vez, é a Comissão de Polícias pela Dignidade e Dignificação dos Polícias (CPDDP) que, no seu comunicado n.º 2, aborda o papel do Movimento Zero (MZ). Recorde-se que o Público, a 21 de Novembro de 2019, dava conta de um primeiro comunicado da CPDDP dirigido a delegados e dirigentes sindicais onde, segundo o referido jornal, afirmavam conhecer bem «alguns dos que se dizem activistas do Movimento Zero, não como defensores dos nossos direitos, mas como manipuladores dos seus colegas para os próprios interesses, quantas vezes ilegítimos», sublinhando que «a colagem política da extrema-direita ao Movimento Zero pôs a claro as interligações que existem com o Chega e o PNR, partidos de ideias fascistas».

No comunicado agora publicado, a referida Comissão acusa o MZ de falar da manifestação como se a tivesse convocado e de ao «fazerem apelos a uma manifestação respeitadora, pacífica, etc, pareciam meninos de coro», para «depois andarem a pedir para que se levasse sacos cama, para quê? Íamos acampar? Estava isso nos objectivos da manifestação?». A CPDDP acusa ainda o Movimento Zero de enviar emails «aos grupos parlamentares convidando-os a irem à manifestação como se fossem eles os organizadores e como se os grupos parlamentares pudessem responder a uma coisa sem rosto, sem responsabilidade legal».

A Comissão termina o comunicado com uma reflexão: «porque razão colegas nossos da PSP e da GNR têm sido objecto de processos disciplinares por dizerem no facebook, e sem ser no facebook, que falta pessoal, que o carro está avariado, etc., e outros assumidos como do Chega, escrevem os maiores impropérios e nada lhes acontece? Ou será que nos querem fazer de atrasados mentais?»

Também Manuel Morais afirmou ao Expresso que «houve um assalto de Ventura à manifestação, o que não é admiração para ninguém atento». Este agente da PSP, que é também antropólogo, exerceu durante vários anos o cargo de vice-presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, do qual se demitiu face a pressões exercidas sobre a direcção da ASPP quando se tornou público que a sua tese de mestrado chamava a atenção para a existência de racismo nas forças policiais.

Nessa entrevista ao Expresso, ao comentar a eventualidade de as ideias do Chega serem bem recebidas por muitos elementos da PSP e da GNR, Manuel Morais afirma que «os polícias sentem-se empolgados com estas ideias, que vão passando. Castigar mais quem comete um crime, culpar imigrantes, são ideias que já todos conhecem e que André Ventura aproveita muito bem».

Manuel Morais considera ainda, na entrevista ao Expresso, que muitos dos seus colegas «nem sabem no que se estão a meter ao juntarem-se ao Movimento Zero», sublinhando que este movimento está mais discreto: «antes ia-se ao perfil de Facebook deles e viam-se logo símbolos, frases nacionalistas. Agora têm cuidado. Há muitos apelos à discrição. Mas a ideologia continua lá».

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