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|Escola Pública

Um pouco por todo o País, alunos contestam subfinanciamento da Educação

Estudantes do Secundário exigem escola a que têm direito

Os alunos da Escola Secundária Mestre Martins Correia, na Golegã (Santarém), manifestaram-se esta quarta-feira contra a «degradação material e humana», resultado do subfinanciamento da Educação.

A falta de aquecimento é uma das queixas dos alunos da Secundária Mestre Martins Correia
A falta de aquecimento é uma das queixas dos alunos da Secundária Mestre Martins CorreiaCréditos / Basta. Na Rua pela Escola Pública

Na concentração desta quarta-feira, os estudantes da Escola B. 2,3/S Mestre Martins Correia fizeram circular um abaixo-assinado, que conta já conta com mais de uma centena de assinaturas.

No documento enunciam as dificuldades que vivem devido ao subfinanciamento. A «falta de aquecimento nos edifícios», o «elevado preço dos livros» e dos «materiais na papelaria da escola», bem como o «aumento dos preços no bar» da escola são algumas das queixas reportadas pelos estudantes.

Relativamente ao refeitório, alertam que se serve comida «sem condições», o que leva «muitos alunos a comer fora da escola e a gastarem mais dinheiro».

Em causa está, insistem, a falta de financiamento na Educação, «levada a cabo por sucessivos governos», bem como uma «desresponsabilização do seu dever constitucional». Lembram por isso que «por todo o Paísfalta de professores, funcionários públicos, materiais e obras, entre outras situações».

Os muitos pontos em comum levaram a Associação de Estudantes da Escola Secundária Senhora da Hora, em Matosinhos, a mobilizar uma semana de luta a nível nacional, entre os dias 20 e 24 deste mês – numa altura em que o Orçamento do Estado para 2018 estava em discussão e votação na especialidade.

Maria Inês, vice-presidente daquela associação, refere que os «preços da papelaria e do buffet aumentaram muito ao longo dos últimos anos», mas variam em função do estabelecimento. «Numa escola aqui ao lado uma folha de teste custa cinco cêntimos, na nossa é 13 cêntimos. É uma diferença muito grande», frisa.

A sobrecarga de horários no ensino profissional é outra questão que preocupa os alunos da Secundária da Senhora da Hora. Mas os problemas agravam-se, denuncia a estudante, devido à «ingerência» da direcção da escola, seja «nos processos eleitorais bem como na realização de reuniões gerais de alunos».

Mas não só. No passado dia 23, recorda, os alunos concentraram-se à porta da escola, assim como «um elemento da direcção, que não dirigiu uma palavra aos alunos». «Quando demos conta havia elementos da PSP a querer identificar alunos de 13 anos, o que não faz sentido nenhum», realça. 

«Balneários reduzidos»

Na Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada, o protesto é motivado pela falta de cacifos e de verbas para manutenção e ampliação das instalações, concretamente dos balneários para as aulas de Educação Física.

Beatriz Mendes recorda que se trata de uma escola antiga. «O número de alunos foi crescendo mas há instalações que não estão dimensionadas para as necessidades», explica. Acrescenta que, em termos de manutenção, «por vezes são coisas simples que ficam por fazer e a escola vai ficando degradada». 

Perante o último protesto, onde evidenciaram a falta de cacifos, Beatriz afirma que o feedback da escola foi positivo, «porque a escola respeita os direitos dos alunos, não há qualquer interferência». Sublinha, no entanto, que o estabelecimento não demonstra muita disponibilidade para resolver o problema. «As desculpas que nós ouviamos antes continuamos a ouvir agora: "falta de espaço, não há dinheiro", isso não mudou», acrescenta.

«O pior é quando é peixe»

Na Escola Secundária António Damásio, em Lisboa, as preocupações passam sobretudo pela qualidade das refeições servidas no refeitório.

Bárbara Freitas diz que, mesmo assim, a situação no início do ano «era muito pior». Mas «pior», afirma esta estudante, é quando há peixe. «Ou não sabe a nada ou sabe muito mal, as batatas vêm quase cruas, é tão mau que a gente pára logo de comer», admite. 

A estudante confessa, no entanto, que no início do ano lectivo, a situação era ainda mais difícil. «O serviço era muito lento e não conseguíamos chegar às aulas a horas», justifica.

Neste momento está a circular um abaixo-assinado, que conta já com 500 assinaturas, pela melhoria do serviço de refeições na António Damásio.

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