Após a ocorrência, em Agosto deste ano, de um incêndio no aterro de Ribeiro de Cavalo, Zambujal de Cima, na freguesia do Castelo, em Sesimbra, a Câmara Municipal «começou a receber alertas regulares de moradores, que se queixavam de fumos e cheiro intenso provenientes do aterro», explica a autarquia num comunicado enviado às redacções esta segunda-feira.
Nos meses seguintes, a Câmara Municipal de Sesimbra diligenciou inúmeros contactos junto Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e do Inspector-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), que deram azo a acções de fiscalização por parte das entidades competentes.
A autarquia tomou recentemente «conhecimento de uma notificação, com data de 3 de Junho de 2019, do então presidente interino da CCDR-LVT», que revoga totalmente a licença de exploração de resíduos inertes da empresa Greenall Life, no referido aterro. A instituição exigia ainda a suspensão imediata da recepção de resíduos e a elaboração de planos de caracterização dos solos, de remoção dos resíduos contaminados e de selagem do aterro.
Não obstante, a autarquia vem denunciar que «apesar de todas as ocorrências e iniciativas, que se intensificaram ultimamente, a realidade é que, até ao momento, a empresa Greenall Life continua a laborar e não se conhecem quaisquer medidas adoptadas para a minimização dos efeitos nocivos para o ambiente e para a saúde pública».
Perante a inacção das autoridades competentes, a Câmara Municipal de Sesimbra vem, uma vez mais, exigir ao IGAMAOT «que se cumpra de imediato a revogação total da licença de exploração de resíduos inertes e o encerramento do aterro existente na zona do Ribeiro de Cavalo».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui