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Marcha lenta em Évora pela defesa da agricultura familiar

Dezenas participaram na acção promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), este sábado, «em prol das 'culturas' tradicionais», do mundo rural, da agricultura familiar e da sustentabilidade.

Créditos / Rádio Campanário

A inciativa foi dinamizada pela delegação regional da CNA do distrito de Évora, em colaboração com a Trilho –Associação de Desenvolvimento Rural e outros parceiros, «com o objectivo primordial de sensibilizar os poderes públicos para a situação originada pelas culturas (super)intensivas que têm vindo a infestar os campos alentejanos» e as consequências para o futuro da sustentabilidade destes territórios.

Neste sentido, tanto agricultores como consumidores exigiram o controlo de plantação de novas culturas super-intensivas e uma fiscalização adequada, o povoamento do interior, o acesso à exploração da terra por jovens agricultores, a reestruturação da posse e uso da terra ao serviço de uma estratégia alimentar de proximidade e em defesa da soberania alimentar nacional.

A marcha lenta partiu assim de quatro localidades (Évora, Reguengos, Estremoz, Arraiolos e Montemor-o-Novo) para desembocar na Quinta da Malagueira, onde se pretendia entregar ao director regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Alentejo um documento que sintetiza as preocupações, reclamações e reivindicações dos agricultores e consumidores.

Como os manifestantes não foram recebidos, o documento seguirá na segunda-feira, por correio, para a DRAP Alentejo e para os grupos parlamentares com assento na Assembleia da República.

Segundo Joaquim Lopes, coordenador da CNA no Alentejo, o director regional, José Godinho Calado, informou na sexta-feira que não poderia receber a comitiva, ao contrário do que tinha comunicado anteriormente.

Isso não impediu, porém, a concretização da acção de sensibilização, à qual aderiram os presidentes das câmaras municipais de Évora e Serpa, Carlos Pinto de Sá e Tomé Pires, respectivamente, assim como o deputado comunista, João Dias.

Como explicou à Lusa o coordenador da CNA, «é a defesa da agricultura tradicional, dos modos de produção tradicionais que nos move. Claro que, depois, tem a ver com os modos de produção super-intensiva, com os olivais em sebe, que são uma loucura agronómica que vamos pagar daqui a 20 anos».

«A política que o Estado devia ter desenvolvido quando começou a construir [a barragem de] Alqueva (...) era a de uma estratégia agro-industrial que permitisse a transformação de produtos» na região.

Em territórios onde já ocorre a experiência da produção super-intensiva, como em Espanha ou nos EUA, as consequências que já se conhecem são a «esterilização do solo, com todas as consequências que isso tem no futuro».


Com agência Lusa

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