Na sua conta de Telegram, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, congratulou-se com a adopção, pela Assembleia Geral, da resolução que o seu país apresentou e que foi apoiada pelos amigos da Carta das Nações Unidas, entre outros.
«Grande dia para a Venezuela! A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou hoje, por imensa maioria, uma resolução que proclama 4 de Dezembro como o Dia Internacional contra as Medidas Coercivas Unilaterais», afirmou Gil.
O diplomata sublinhou que a resolução foi apresentada pela Venezuela, com o apoio, entre outros, dos países-membros do Grupo de Amigos em Defesa da Carta das Nações Unidas e que a sua aprovação se fica a dever ao «trabalho constante sob orientação do presidente Nicolás Maduro.
«Com esta aprovação, posiciona-se na agenda internacional o debate sobre o impacto negativo das medidas coercivas unilaterais, que constituem uma violação flagrante da Carta das Nações Unidas e dos princípios fundamentais do direito internacional», frisou o ministro.
Ao intervir, esta segunda-feira à noite, no plenário da Assembleia Geral, o diplomata venezuelano explicou que a iniciativa «visa sensibilizar para os crimes perpetrados por aqueles que impõem tais medidas e mobilizar a ONU para agir contra este ciclo persistente de impunidade».
«É imperativo que juntemos esforços para proteger a dignidade e os direitos de todos os povos afectados», disse, frisando que as sanções «ameaçam a ordem jurídica e económica internacional, ao obstaculizar, entre outras coisas, a cooperação internacional, o comércio e o investimento», indica a TeleSur.
Crimes contra a humanidade e ferramentas de domínio imperial
As medidas coercivas unilaterais constituem crimes contra a humanidade e são ferramentas de domínio imperial, disse ainda Yván Gil, tendo referido que mais de um terço da população mundial sofre o seu impacto.
Gil denunciou também o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba, exigindo o seu levantamento imediato, e alertou para o roubo de activos ao Sul Global, bem como para o uso do sistema financeiro como arma política.
Representantes de vários outros países posicionaram-se na Assembleia Geral contra as sanções, como a da Eritreia, que as classificou como «ferramentas ilegais de coacção política e económica que violam a Carta das Nações Unidas». Milhões de pessoas sofrem o seu impacto, que se traduz na falta de acesso a comida, medicamentos e tecnologia, disse.
Cuba reiterou a denúncia do bloqueio imposto à Ilha pelos EUA, que «equivale a uma guerra económica sistemática, traçada para gerar a fome e a falta de esperança».
O representante do Iraque destacou o repúdio colectivo pelas sanções, por violarem a Carta da ONU e as regras da Organização Mundial do Comércio, e por impedirem o desenvolvimento, a cooperação técnica e o acesso a medicamentos, afectando particularmente os países mais vulneráveis.
Por seu lado, o representante da Nicarágua junto da ONU, Jaime Hermida, sublinhou que as medidas coercivas unilaterais são utilizadas para impor a submissão política, minar a independência e travar o desenvolvimento dos povos.
O diplomata referiu que os EUA, com o apoio da União Europeia (UE) e outras potências, converteram as sanções numa ferramenta sistemática da sua política externa, com a qual procuram forçar mudanças de governo, desestabilizar economias, interferir nos assuntos internos e vergar a vontade soberana dos povos.
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