Saad Hariri convocou os jornalistas esta terça-feira para anunciar que está num «beco sem saída» e que vai entregar o pedido de demissão ao Presidente do Líbano, Michel Aoun.
Até ao anúncio de Hariri, o Governo não tinha conseguido atender as exigências dos populares que há 13 dias contestavam a elevada inflação no país, o aumento do custo de vida, a corrupção das elites e a tentativa de imposição de novos impostos, por parte do governo, designadamente sobre as mensagens enviadas através de aplicações online, como a WhatsApp.
Segundo a PressTv, o presidente do Parlamento libanês Nabih Berri afirmou logo pela manhã que a renúncia do governo em exercício liderada por Hariri não resolverá a profunda crise social e económica do Líbano e complicará ainda mais a situação.
Quem também não se mostrou favorável à demissão do governo foi o secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, tendo no entanto denunciado que o povo líbanês não pode tolerar mais impostos e que a solução para os graves problemas que o país enfrenta não passa por ir ao bolso dos mais desfavorecidos.
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