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Nova grande manifestação contra políticas de Macri

Professores argentinos defendem Escola pública e aumentos salariais

Centenas de milhares de docentes manifestaram-se esta quarta-feira na capital argentina, voltando a reivindicar aumentos salariais e a deixar clara a sua oposição às políticas de mercantilização da Educação e aos ataques à Escola pública.

Centenas de milhares de docentes argentinos manifestaram-se ontem em Buenos Aires. Na imagem, a Praça de Maio
Centenas de milhares de docentes argentinos manifestaram-se ontem em Buenos Aires. Na imagem, a Praça de MaioCréditos / Resumen Latinoamericano

Há meses que os docentes argentinos exigem a abertura de negociações salariais, a nível nacional, sendo seu objectivo alcançar aumentos que façam frente à perda de poder de compra no sector, tendo em conta que este foi fortemente atingido pela elevada inflação e pela degradação das condições de vida que se registaram no país sul-americano em 2016.

Neste contexto, o início deste ano lectivo ficou marcado por greves e grandes manifestações. Ontem, a Marcha Federal Educativa juntou centenas de milhares de professores em Buenos Aires, que, provenientes de diversos pontos da Argentina, fizeram transbordar a emblemática Praça de Maio, informa o Resumen Latinoamericano.

No palanque instalado na praça, Sonia Alesso, secretária-geral da Confederação de Trabalhadores da Educação, sublinhou que o governo de Macri vai avançar para a mercantilização e deixou um aviso: ou Macri e o ministro da Educação iniciam negociações ou a luta vai continuar.

Alesso alertou para os ataques que o governo vem desferindo contra a Educação pública e disse que «a chave para desbloquear o conflito com os docentes» está nas mãos do governo.

Governo não dá mostras abertura

De momento, o governo não parece estar voltado para responder afirmativamente às exigências dos docentes, tanto no que respeita às negociações salariais – na terça-feira, o ministro da Educação, Esteban Bullrich, deixou claro que não vai chamar os representantes dos professores para abordar a questão –, como no que se refere à defesa da Escola pública.

Recentemente, o presidente Mauricio Macri, ao divulgar os resultados da operação «Aprender 2016», afirmou existir «uma terrível desigualdade entre o (estudante) que pode frequentar uma escola privada e o que tem de cair numa escola pública», revela a TeleSur.

Estas palavras do chefe de Estado sobre a Escola pública evidenciam a atitude do governo relativamente à Educação e geraram múltiplas reacções de repúdio no seio sociedade argentina. Na manifestação de ontem, que entupiu o centro de Buenos Aires, o repúdio pelas declarações de Macri também ficou patente, nomeadamente em cânticos, palavras de ordem, faixas, bandeiras e cartazes.

Entre outras, podia-se ler mensagens como: «Não haverá povo de joelhos enquanto houver professores de pé», «Um docente a lutar também está a ensinar», «Escolhi "cair" na escola pública. E hoje caímos todos na praça» e «Escolhi a Educação Pública para não "cair" na Privada».

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