Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Rússia

Míssil que derrubou avião malaio pertencia à Ucrânia, garante a Rússia

A identificação do número do míssil que abateu o voo MH17 da Malaysian Airlines no Leste da Ucrânia permite concluir que pertencia à Ucrânia, revelou esta segunda-feira o Ministério russo da Defesa.

Investigadores holandeses junto aos destroços do avião, em 2014
Investigadores holandeses junto aos destroços do avião, em 2014CréditosAleksey Kudenko / Sputnik News

Nos fragmentos do míssil Buk que derrubou o voo MH17 da Malaysian Airlines sobre o Leste da Ucrânia, em Julho de 2014, o Ministério da Defesa da Rússia conseguiu identificar o número de série do projéctil – 8868720 –, informou hoje, em conferência de imprensa o general Nikolai Parshin, chefe da Direcção-Geral para os Mísseis e a Artilharia.

De acordo com os documentos mostrados pelos militares russos – alguns dos quais foram desclassificados para esta ocasião –, o míssil foi fabricado na região de Moscovo em 1986, tendo seguido a 29 de Dezembro desse ano para a unidade militar 20152, localizada na então República Soviética da Ucrânia. E nunca foi transportado de volta para a Rússia, indica a RT.

A unidade é hoje o 223.º regimento de defesa anti-área das Forças Armadas Ucranianas e participou na ofensiva contra as forças antifascistas da região do Donbass, no Leste do país, em Junho de 2014, disse o general Parshin.

A Equipa de Investigação Conjunta (JIT, na sigla em inglês), liderada pela Holanda, que inclui a Ucrânia, mas não a Rússia, já foi notificada destas conclusões, tendo Parshin acrescentado que os membros do grupo que investiga o abate do voo MH17 podem estudar os documentos sobre o míssil facultados pelo Ministério russo da Defesa, caso o desejem.

Moscovo tem afirmado que a investigação liderada por este organismo é parcial e insuficiente, baseando-se «em fontes questionáveis e ignorando o material fornecido pela Rússia, que não se encaixa na teoria defendida por Kiev e os seus apoiantes internacionais», refere a RT.

Estes materiais «provam claramente a inconsistência das acusações», formuladas pela Ucrânia e outras partes, que sustentam que a Rússia foi responsável pela catástrofe», salientou Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério.

Vídeos usados para acusar a Rússia foram «falsificados»

Os militares russos também põem em causa a «consistência» dos vídeos utilizados, nomeadamente pela plataforma Bellingcat, sediada no Reino Unido, para fundamentar as suas alegações de que a Rússia teria enviado um lançador de mísseis Buk para o Leste da Ucrânia – de onde os «rebeldes pró-russos» teriam lançado o projéctil que deitou abaixo o avião malaio proveniente da Holanda.

Numa análise detalhada de imagens dos vídeos, o Ministério prova diversas «inconsistências» e mostra que houve manipulação de imagens para colocar o lançador num cenário que não é o original.

Os militares russos tiveram oportunidade de estudar com detalhe os vídeos da Bellingcat, porque a investigação desta plataforma foi incluída pelos procuradores holandeses envolvidos na investigação do voo MH17.

Um registo áudio a «comprometer» a Ucrânia

Também na conferência de imprensa desta segunda-feira, os militares russos apresentaram uma gravação em áudio de comunicações entre militares ucranianos e que, em seu entender, prova o envolvimento da Ucrânia no abate do MH17.

Número de série do míssil que abateu o MH17 da Malaysian Airlines Créditos

Uma das vozes que a gravação, obtida em 2016 na região de Odessa, permite ouvir é, de acordo com os militares russos, a do coronel Ruslan Grinchak, integrado numa brigada responsável pelo controlo de radar do espaço aéreo ucraniano, na zona do Donbass, onde ocorreu o abate do avião.

Grinchak discute o risco de voar sobre o espaço aéreo da Ucrânia e, no meio de várias queixas, afirma que, se as restrições não forem respeitadas, «nós fodemos outro Boeing malaio».

O avião MH17, da Malaysian Airlines, proveniente de Amesterdão e com 298 pessoas a bordo, foi atingido a 17 de Julho de 2014, quando sobrevoava o Leste da Ucrânia, a região do Donbass, que se insurgiu contra o golpe fascista de Maidan, em Kiev, em Fevereiro desse ano. Morreram os 283 passageiros e os 15 tripulantes, na sua maioria de nacionalidade holandesa.

A Rússia foi de imediato acusada pela comunicação social dominante no Ocidente, mesmo sem qualquer investigação realizada ou prova de sustentação recolhida no terreno.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui