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Mais dirigentes sociais assassinados na Colômbia

O caso mais recente ocorreu esta quarta-feira no município de Ituango (Antioquia), elevando para cem o número de defensores dos direitos humanos e dirigentes sociais assassinados este ano.

 Os dirigentes sociais continuam a ser ameaçados e assassinados na Colômbia
Os dirigentes sociais continuam a ser ameaçados e assassinados na ColômbiaCréditosGustau Nacarino / theobjective.com

De acordo com a informação divulgada pela Associação de Camponeses de Toledo, na região Norte do departamento de Antioquia, Julio César Sucerquia Ortiz, de 33 anos, foi morto a tiro quando se encontrava num campo de milho, no município de Ituango, depois de ser abordado por vários desconhecidos.

Fundador da Associação de Comités de Bateiadores do Norte de Antioquia, Sucerquia Ortiz estava refugiado no acampamento humanitário de El Líbano, onde se encontram bateiadores afectados pelo projecto hidroeléctrico Hidroituango, informa a TeleSur.

Também no municípo de Ituango, na vereda Pascuita, foi assassinado na segunda-feira à noite o dirigente social José Abraham García, que era presidente da Junta de Acção Comunal da «vereda» referida e se tinha destacado na denúncia das «deslocações forçadas», segundo indica a imprensa local.

Em comunicado, a Rede de Organizações Sociais e Camponesas do Norte de Antioquia alertou «para o perigo iminente a que estão expostas as comunidades» da região, sobretudo «as pessoas que se encontram organizadas nos diferentes movimentos sociais existentes no território».

De acordo com a Rede, citada pelo Resumen Latinoamericano, correm risco especial «as comunidades [das regiões] onde historicamente as FARC-EP estiveram presentes», e onde hoje ocorrem «disputas territoriais entre grupos armados com interesses nestes territórios».

No Cauca e no Norte de Santander

Ainda na quarta-feira, a Coordenadora Nacional de Cultivadores de Coca, Papoila e Marijuana (Coccam) denunciou o assassinato, no dia anterior, de Jamer Albeiro Idrobo Navia, membro do Comité de Cocaleiros da Vereda La Joaquina de Balboa, no departamento do Cauca.

Numa nota da organização, afirma-se que, só este ano, foram assassinados na Colômbia 16 pequenos cultivadores envolvidos no processo de substuição de cultivos de coca, oito dos quais no Cauca.

Por seu lado, a Associação Camponesa do Catatumbo (Ascamcat) denunciou o assassinato de Héctor Anteliz, membro da Ascamcat, presidente da Junta de Acção Comunal de San José e dirigente social no município de Teorema (Norte de Santander).

Há uma semana, quatro homens dirigiram-se a sua casa e levaram-no, depois de lhe terem feito ver que «precisava de os acompanhar». O seu corpo foi encontrado na madrugada seguinte (sábado) numa estrada próxima, com vários disparos.

Num relatório recente elaborado pela Marcha Patriótica, a Cimeira Agrária, Étnica e Popular, e o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz), afirma-se que, entre 24 de Novembro de 2016 – data da assinatura definitiva do acordo de paz entre as FARC-EP e o governo colombiano – e 14 de Maio último, foram assassinados na Colômbia 283 «líderes sociais e defensores dos direitos humanos».

Relativamente a este ano, o documento precisa que, até 14 de Maio, tinham sido assassinadas 78 pessoas. Agora, esse número já subiu para cem.

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