De domingo para segunda, as forças militares israelitas lançaram uma operação em larga escala na Cisjordânia ocupada e prenderam mais de 40 palestinianos, na sua maioria (26) na província de Hebron (al-Khalil).
Registaram-se igualmente detenções nas regiões de Nablus, Qalqiliya, Jenin, Belém, Ramallah e Jerusalém Oriental ocupada, informa a WAFA.
Nesta madrugada, foram presos pelo menos mais 18 palestinianos, sendo um deles o ex-preso de 62 anos Bassam al-Saadi, das Brigadas de al-Quds. Um familiar seu foi também preso, no âmbito de uma grande operação levada a cabo pelas forças israelitas no acampamento de refugiados de Jenin.
No âmbito desta incursão, que motivou forte resposta da resistência palestiniana, foi morto a tiro Dirar al-Kafrayni, de 17 anos, informou o Ministério palestiniano da Saúde, acrescentando que o jovem foi levado para um hospital de Jenin em estado crítico.
Posteriormente, o director do hospital, Wessam Bakr, disse à WAFA que al-Kafrayni teve morte imediata, uma vez que as forças israelitas usaram munições explosivas: a bala entrou pelo peito e explodiu dentro do corpo, provocando morte imediata ao jovem.
Foram registadas mais detenções de palestinianos nos distritos de Jenin, de Nablus, Tubas, Ramallah e Belém.
Operações a um ritmo quase diário
As forças israelitas levam a cabo estas operações num registo praticamente diário, quase sempre à noite e de madrugada. Alegando que «procuram» palestinianos, invadem as casas sem mandado de detenção onde e sempre que lhes apetece.
São frequentes os confrontos com os residentes palestinianos, os mais de três milhões que vivem na Margem Ocidental ocupada e que, lembra a WAFA, ficam completamente à mercê da autoridade militar que lhes é imposta pelos comandantes israelitas.
De acordo com os dados mais recentes da organização de apoio aos presos e de defesa dos direitos humanos Addameer, nas prisões israelitas encontram-se 4650 palestinianos, 180 dos quais são menores.
Esse número inclui os 650 presos «detidos administrativos», um regime de encarceramento que permite a Israel manter nas cadeias, sem acusação ou julgamento, presos palestinianos por tempo indefinido, na medida em que o período de detenção, até seis meses, é infinitamente renovável.
Alguns prisioneiros palestinianos passaram mais de uma década nas cadeias israelitas ao abrigo deste sistema, e é comum os presos recorrerem a greves de fome por tempo indeterminado como forma de chamar a atenção para os seus casos e fazer pressão junto das autoridades israelitas para que os libertem.
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