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Mais de 1000 feridos em nova sexta-feira de protestos

Esta sexta-feira voltou a ser um dia negro em Gaza, na Palestina. Apesar de ser a primeira sem mortes registadas em mais de um mês, 83 palestinianos foram baleados pelas forças israelitas.

As forças israelitas lançaram gás lacrimogéneo sobre os protestos, provocando intoxicações em mais de 800 palestinianos, em Gaza, Palestina. 4 de Maio de 2018
As forças israelitas lançaram gás lacrimogéneo sobre os protestos, provocando intoxicações em mais de 800 palestinianos, em Gaza, Palestina. 4 de Maio de 2018CréditosMohammed Saber / EPA

A sexta sexta-feira da «Grande Marcha do Retorno» foi a primeira em que, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, não houve registo de mortes na Faixa de Gaza desde 30 de Março, quando se iniciaram os protestos, no Dia da Terra Palestiniana, que se estendem até 15 de Maio, quando se assinalam 70 anos do Dia da Catástrofe (a «Nakba», em árabe), data da expulsão de mais de 700 mil palestinianos de suas casas pelas forças de ocupação israelitas.

A ausência de mortes do registo feito pelas autoridades palestinianas não significa que o dia de ontem tenha sido menos sangrento em Gaza. De acordo com um comunicado do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), pelo menos 83 palestinianos foram baleados pelas forças israelitas, três dos quais estão em estado crítico. Mais de 1140 necessitaram de cuidados médicos, em grande parte por inalação de gás. Entre estes, contam-se, pelo menos, 149 menores e 78 mulheres.

Israel justifica-se com «estado de guerra»

O diário israelita Ha'aretz, citado pela PressTV, revelou a justificação apresentada pelas autoridades para a conduta dos soldados israelitas ao Supremo, no âmbito de uma queixa apresentada por organizações defensoras dos direitos humanos. Nas últimas semanas, estas têm revelado vários vídeos em que se ouvem soldados discutir a melhor forma de alvejar manifestantes ou mesmo a disparar sobre palestinianos desarmados ou que, nas suas palavras, estavam a «atirar pedras».

Para o regime sionista, as acções estão justificadas ao equiparar os protestos a um estado de guerra. Na passada segunda-feira, o Parlamento israelita aprovou uma lei que permite ao primeiro-ministro declarar guerra ou iniciar uma acção militar relevante sem passar pelo escrutínio dos deputados, nota a PressTV.

UNICEF: crianças são principais vítimas

O director da agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para o Médio Oriente e o Norte de África, Geert Cappelaere, afirmou ontem, através de uma declaração publicada pela organização, que «a escalada de violência em Gaza exacerbou o sofrimento das crianças, cujas vidas já são insuportavelmente difíceis há vários anos».

Cappelaere acrescenta que, «nas últimas cinco semanas, cinco crianças foram assassinadas e centenas foram feridas por participarem em protestos essencialmente pacíficos».

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